segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Santa Ângela de Foligno


Santa Ângela de Foligno



Santa Ângela de FolignoInstrumento de conversão a partir do momento em que se abriu e levou a sério sua vida de conversão

Nasceu na Itália, no ano de 1248, em Foligno, próximo a Roma, numa família muito abastada. Mas, infelizmente, não vivia a maior riqueza, que é o amor a Deus. Dentro deste ambiente indiferente a Deus e à Igreja, a menina foi crescendo.
Ela foi para o sacramento do matrimônio, teve vários filhos, mas, infelizmente, tanto os filhos e depois o esposo faleceram. Imagine como estava o coração dessa mulher! Mas, deixando-se levar por uma vida distante de Deus, entregava-se às festas, às vaidades, cada vez mais longe de Deus e dela mesma, até que sentiu o toque da misericórdia do Senhor. Ela tocou o seu vazio existencial. Foi quando recorreu a Virgem Maria e buscou o sacramento da reconciliação.
Ela tinha 40 anos quando se abriu para esse processo maravilhoso que se chama conversão. Numa peregrinação a Assis, ela fez uma profunda experiência com o amor de Deus. Doou todos os seus bens aos pobres, entrou para a família franciscana na ordem terceira, viveu uma vida reclusa e saía para peregrinações em Assis.
Santa Ângela foi instrumento de conversão a partir do momento em que se abriu e levou muito a sério sua vida de conversão.
Santa Ângela de Foligno, rogai por nós!
http://santo.cancaonova.com/

Significados do Manto Nossa Senhora de Guadalupe

Significados do Manto Nossa Senhora de Guadalupe

A imagem da Morenita, como é chamada Nossa Senhora pelos mexicanos, assombrosa e inexplicavelmente se conserva em excelente estado, numa tela grosseira, como de estopa, e tão alta rala que, através dela, pode-se enxergar o povo e a nave da igreja.
Nisto podemos ver a mão de Deus, pois tal imagem não foi pintada por mãos humanas, e, ainda hoje, continua exposta no santuário construído no monte Tepeyac, conquistando corações mexicanos e de inúmeras nacionalidades que chegam com seus pedidos e agradecimentos.
Vejamos, portanto, o seu significado: partindo dos seus rasgos, passando pela simbologia indígena e chegando aos fenômenos que podem ser comprovados cientificamente, a Virgem de Guadalupe é sem dúvida uma aparição “dita sobrenatural”.
Podemos dizer que a imagem do sagrado manto é um cacho de símbolos, que reflete a identidade espiritual o cristão latino-americano; para compreender melhor esta explicação, sugerimos ter em mãos uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.
O seu rosto moreno: representa a cor mestiça do povo nascente, tanto em relação à sua pele, quanto à cultura.
A túnica vermelho-palida: antes, a cor do deus sol asteca, do sangue e da vida, e agora, a cor do Sangue do verdadeiro Redentor Jesus Cristo.
O manto verde-azulado: antes, a cor dos imperadores astecas, e agora, a cor da imperatriz do mundo; cor que sintetiza o deus dos índios o deus-dois, masculino e feminino, e agora, cor da Mãe do Deus-homem.
Sol envolvendo a Virgem: simboliza a divindade do sol, eclipsada pela mãe de Deus e a seu serviço.
Lua sob os pés e estrelas no manto: é a reconciliação de toda a natureza: do sol, da lua e das estrelas, depois de um longo conflito cósmico, como contam os mitos astecas.
Anjo sob a Virgem: é o anunciador de um novo sol, o Sol da Justiça, Cristo, inaugurando assim uma nova era: a da fé e da graça.
As duas cruzes: a cristã, no pescoço, e a cruz solar indígena, sobre o ventre, simbolizando a harmonia da religião asteca com a fé cristã.
Outro dado interessante a destacar é que vários cientistas, ao fotografarem os olhos de Nossa Senhora, encontraram misteriosamente num deles a cena onde o índio João Diego se apresenta diante do bispo, caindo as rosas do manto e aparecendo a imagem impressa nela.
Podemos ver como a totalidade da preciosa imagem, sua própria pessoa, é diálogo e mistura de etnias e humanidades diferentes. Ela reza de mãos juntas, do modo dos espanhóis, mas também quase iniciando uma dança, que é para os índios a máxima forma de reverenciar a Deus, seu rosto é mistura de raças, e, revelando-se mãe de todos, assume a cor de seus filhos mais necessitados.
De olhos negros e pele morena, ao mesmo tempo em que consola, nos desafia a sermos colaboradores na tarefa evangelizadora. Rosto amável que, com seu misericordioso olhar, delicado e profundo, continua nos provocando a trabalhar pela construção de um mundo novo, repleto de paz, respeito e amor. 
DETALHES DOS OLHOS:
O tamanho tão pequeno das córneas na imagem, cerca de 7mm a 8mm, descartam a possibilidade das figuras dos reflexos terem sido pintadas sobre os olhos. Devemos também ter em conta que o tecido, feito de fibras de Maguey, sobre qual a imagem foi estampada, é extremamente rudimentar e apresenta poros e falhas na costura, por vezes, maiores que os das córneas da imagem. Se com a tecnologia de que dispomos hoje é impossível criar ou reproduzir uma figura com tanta riqueza de detalhes, imagine para um artista no ano de 1531.
Os estudos dos olhos da Virgem de Guadalupe resultaram na descoberta de 13 pequenas imagens. Mas a surpresa não para por aí.
Primeiramente ampliou-se 1 mm da imagem 2.500 vezes. Um destes pontinhos microscópicos corresponde à pupila do Bispo Zumárraga (Que está por inteiro na pupila da Virgem) e foram ampliadas outras 1.000 vezes. Nela encontra-se novamente a imagem de Juan Diego mostrando o poncho com a imagem da Virgem de Guadalupe.
A imagem de (4)Juan Diego aparece duas vezes. Uma nos olhos da Virgem e outra nos olhos do Bispo que está nos olhos da Virgem.
Existe uma hipótese que diz que estas 13 figuras querem trazer uma mensagem da Virgem de Guadalupe para humanidade: que perante Deus, os homens e mulheres de todas as raças são iguais. Na opinião do doutor Aste, as figuras de 7 a 13 (grupo familiar indígena) são as mais importantes, pois estão no centro dos olhos, o que significa que a família é o centro do olhar compassivo de Maria. Poderia ser um convite da Virgem de Guadalupe a nos aproximarmos de Deus em família, especialmente nestes tempos em que está sendo tão desprezada e atacada.
O Dr. Aste, afirma que quando São Juan Diego foi recebido pelo (2) Bispo Zumárraga, a Virgem Maria estava presente; invisível, mas observando toda cena. Isto explica porque estão refletidas em seus olhos as imagens presentes. Quando São Juan Diego abriu o poncho e caíram as rosas, a imagem estampou-se, e em seus olhos levava o reflexo de todas as pessoas que testemunharam o milagre. Desta maneira, Deus quis nos deixar uma “fotografia” desta impressão milagrosa.

As Estrelas do Manto

12 de dezembro – Solstício de inverno
Na terça-feira, 12 de dezembro de 1531 de nosso calendário (Calendário Juliano), ou 22 de dezembro do Calendário Astronômico dos indígenas, aconteceu à aparição da Virgem de Guadalupe no poncho de São Juan Diego. Na manhã deste mesmo dia, ocorreu o solstício de inverno que para as culturas pré-hispânicas significativa o sol moribundo que recobra vigor e retorna à vida.
12 de dezembro de 1531, pela manhã do solstício de inverno
Para os indígenas, o solstício de inverno era o dia mais importante de seu calendário religioso. O sol vencia as trevas e ressurgia vitorioso. Não é coincidência que a Virgem tenha apresentado seu Filho justamente neste dia, ficando claro para os índios que aquele que ela trazia em seu seio era o verdadeiro Deus.
Fonte: Revista Milicia da Imaculada – Maio/2011
Visite o site da Milicia da Imaculada:  http://www.miliciadaimaculada.org.br

Nossa Senhora Mãe da Providência

26/02/2014 07:37

Nossa Senhora Mãe da Providência – origem e significado da devoção 


26/02/2014 07:37Nossa Senhora Mãe da Providência – origem e significado da devoção / Arqrio
Como se sabe, Dom Orani recebeu do Papa Francisco a indicação de uma igreja em Roma. Trata-se da igreja de Santa Maria, Mãe da Providência, sede da paróquia do mesmo nome, localizada na região romana conhecida como bairro gianocolense ou Monte Verde.
Todo cardeal, ao ser nomeado, recebe do Papa uma igreja da diocese de Roma para cuidar. Este antigo costume tem sua explicação no fato de que um cardeal se associa muito diretamente à atividade pastoral do Bispo de Roma.
Dom Orani não assumirá as responsabilidades de pároco daquela paróquia. Lá existe um pároco, que vai continuar seu grande trabalho. A nós, cariocas, cabe permanecer rezando por Dom Orani, tanto nas atividades que já desempenha quanto naquelas que vai desempenhar a partir de agora, de acordo com as necessidades de toda a Igreja.
Mãe da Providência
Tanto na oração quanto nas atitudes do dia-a-dia, cabe-nos acolher tudo que Deus vai nos falando através dos diversos acontecimentos. Um deles, sem dúvida, é a indicação da igreja Santa Maria Mãe da Providência. Em primeiro lugar, estamos, mais uma vez, diante da Virgem Maria, aquela à qual Dom Orani, em sua Carta Pastoral, manifestou seu profundo amor, desejando que imitemos a Virgem Maria no amor a Deus e ao próximo [1]. Nós, cariocas, que tanto amor temos pela Virgem Maria, com tantas igrejas a ela dedicadas, saberemos aumentar ainda mais nosso amor pela Mãe do Salvador.
Em segundo lugar, trata-se de um título bem específico: Mãe da Providência. Sabemos que vários são os títulos atribuídos à Virgem Maria, pois, nela, encontramos a materna intercessão e todas as virtudes cristãs. Cada título, porém, manifesta uma particularidade a qual somos convidados a meditar.
A história da devoção
O título Mãe da Providência está ligado aos padres barnabitas. Esta congregação foi fundada , em 1530, por Santo Antonio Maria Zaccaria. No início do século XVII, estes padres se viram às voltas com as obras para reforma de uma área de Roma, obra que implicava a demolição de uma igreja e a necessidade de se construir outra. Os padres começaram, então, o trabalho de construção de uma nova igreja, desta vez dedicada a São Carlos Borromeu. Como acontece na maioria das vezes, os recursos para a construção da nova igreja começaram a diminuir.
Acontece que as obras para a demolição da primeira igreja levaram consigo um bonito afresco da Virgem Maria. Por maiores que tivessem sido os esforços dos padres barnabitas, não se conseguiu salvar aquela obra de arte. Os afrescos são pinturas feitas diretamente sobre o gesso ou a argamassa. Não são quadros que se pode remover sempre que necessário. Por isso, precisam de maior atenção e cuidado, nem sempre se conseguindo preservar.
Diante da perda, o arquiteto responsável pelas obras de demolição doou um quadro da Virgem Maria, segurando nos braços um menino. Comparado ao antigo afresco, o quadro era pequeno. Media apenas 54 X 42 cm. Foi inicialmente colocado numa capela dentro da casa. Não tinha sequer um nome. Sabia-se apenas que era mais um quadro apresentando a Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços. A peculiaridade ficava por conta das auréolas, aqueles círculos brancos ou brilhantes ao redor da cabeça, indicando a santidade. No quadro, apenas a Virgem Maria apresentava auréola. O Menino Jesus não a tinha. Não se sabe bem os motivos pelos quais o Menino Jesus não apresentava auréola. Sabe-se que o quadro é de Scipione Pulzone, pintor que viveu entre 1550 e 1598. Suas obras retratam a mentalidade da época, o Renascimento.
No século XVIII, uma réplica do quadro foi colocada em local de maior visibilidade, acrescentando-se uma identificação ao mesmo. Informava-se aos passantes que se tratava de Maria, Mãe da Divina Providência. Conta a história que, em pouco tempo, o corredor tornara-se pequeno diante do número de peregrinos que ali compareciam para rezar. Os padres barnabitas optaram por transformar o local em uma capela. Criou-se um grupo de devotos, na época chamados de Arquiconfraria. Em 1888, a imagem foi coroada, oficializando-se, deste modo, a devoção à Virgem Mãe da Providência.
 A Providência Divina
Este termo, Providência, está diretamente ligado à ação de Deus junto à humanidade. Refere-se ao reconhecimento de que nunca estamos abandonados. Deus sempre cuida de nós, fazendo-o por caminhos que não imaginamos e do jeito que nem podemos vislumbrar. Quando olhamos a história do surgimento da devoção, deparamo-nos com uma igreja demolida, uma obra de arte não preservada, um pequeno quadro oferecido em substituição e as dificuldades para a construção da nova igreja. Estes fatos nos remetem a toda a nossa vida, tão marcada por alegrias, mas também por dificuldades. Por isso, também nós hoje somos convidados a manifestar a mesma atitude: sempre confiar em Deus. Nesse sentido, confiança e providência se aproximam bastante.
O importante é não imaginar a providência divina como ação automática de Deus, do modo como queremos e quando queremos. Confiar não significa obrigar Deus a agir como achamos que Ele deve agir. Confiar tem uma boa dose de entrega. É como a criança que, mesmo não entendendo situações que acontecem à sua volta, confia nos pais porque sabe que eles a amam. Confiamos em Deus, sabemos que não estamos sozinhos porque Deus nos ama. “Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho Único para que todo aquele que nele crer não pereça, mas possua a vida eterna” (Jo 3,16).
A Deus ninguém obriga. Esta é uma ilusão tão combatida ao longo de toda a Bíblia. Em Deus, nós confiamos e acolhemos seu amor, sua providência, do modo como este amor, ou seja, esta providência, se manifesta. Se, nem sempre, as coisas acontecem do modo como queremos, nunca podemos deixar de confiar no amor Deus. Ele nem sempre nos dá o que queremos ou achamos que precisamos. Ele sempre nos dá o que Ele sabe que é bom para nós.
A devoção a N. S. Mãe da Divina Providência surgiu num tempo de grandes transformações. Era o Renascimento. Hoje, estamos num tempo parecido. Tudo está mudando tanto [2]. Não podemos desistir do amor de Deus. Não podemos deixar de confiar no Deus de Amor. “O amor de Deus - lembra-nos D. Orani - é condição de paz e felicidade. ... Quem já o descobriu e acolheu é chamado a transmiti-lo por gestos e palavras”
http://arqrio.org/

Nossa Senhora: por que ela possui tantos nomes?

Nossa Senhora: por que ela possui tantos nomes?

A Mãe de Jesus só tem um nome: Maria (em hebraico: Miriam). É como apontara São Lucas ao narrar a aparição do arcanjo Gabriel para anunciar a escolha da Mãe do Salvador: "e o nome da Virgem era MARIA" (Lc 1, 27). Todas as outras denominações com que veneramos Nossa Senhora, não são nomes, mas títulos.
A Virgem Maria, como a mais sublime de todas as criaturas de Deus, e também pela sua excelsa posição, possui muitíssimos títulos. Tudo isso faz parte do cumprimento da profecia que encontramos no Evangelho de Lucas 1, 48: “E todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”.
Os títulos dados à Virgem podem ser classificados em pelo menos quatro espécies, a saber:
. Devido a seus privilégios, que revelam sua pessoa e missão: Nossa Senhora da Imaculada Conceição – porque fora concebida sem mancha do pecado original; Nossa Senhora Mãe de Deus - porque concebeu Nosso Senhor através do poder do Espírito Santo; Nossa Senhora da Assunção - porque, sendo isenta de pecado e por ser mãe de Deus, foi elevada ao céu em corpo e alma.
. Devido a fatos históricos em sua vida: Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora de Belém, Nossa Senhora da Anunciação, Nossa Senhora da Visitação.
. Devido às virtudes com que foi adornada: Nossa Senhora Rainha da Fé; Nossa Senhora do Bom Conselho.
. Devido aos lugares onde ela é honrada conforme suas aparições ou outras intervenções:Nossa Senhora de Fátima; Nossa Senhora Aparecida; Nossa Senhora da Vitória, Nossa Senhora de Guadalupe.
São centenas os títulos pelos quais Maria é invocada, venerada e amada. Entretanto, tornar-se imprescindível esclarecer que esses títulos se referem à mesma pessoa, porque só há uma Nossa Senhora, Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe.
A grandeza de Maria, Mãe de Deus e da Igreja, justifica, plenamente, a existência de tantos títulos. Os mesmos são expressões de amor e carinho. Expressões com as quais queremos homenagear nossa Mãe espiritual. Expressões que, de certa forma, nos aproximam da humanidade da Mãe de Jesus. 
Adaptado de:
http://www.portalcatolico.org.br 
http://www.doutrinacatolica.com/modules/news/article.php?storyid=1571

História de Sagrada Família

História de Sagrada Família

Sagrada Família
 http://www.cruzterrasanta.com.br/
Sagrada Família é a devoção à família de Jesus de Nazaré composta por Jesus, Maria e José. A sua festa é celebrada no primeiro domingo após o Natal.

História da devoção à Sagrada Família

A devoção à Sagrada Família começou a ter grande popularidade no século XVII, quando os cristãos começaram a prestar atenção ao fato de que Jesus, o Filho de Deus, desceu do céu e se fez homem dentro de uma família. Ele nasceu numa família comum. Seus pais eram pessoas comuns, simples, trabalhadores, como tantas famílias espalhadas pelo mundo.
Maria, uma dona de casa, José um carpinteiro e Jesus, um filho exemplar e obediente. Uma família feliz e simples. Depois que os cristãos descobriram esta riqueza maravilhosa, a devoção foi se propagando com velocidade pela Europa e, mais tarde, pelo continente americano, tanto do norte quanto do sul. A festa da Sagrada Família foi instituída pelo papa Leão XIII, em 1883. Depois disso, foi estendida pelo papa Bento XV a toda a Igreja.

Modelo para toda família

Toda família é chamada a imitar as virtudes da Sagrada Família. A Sagrada Família vive por Deus e para Deus. O seu projeto é sempre fazer a vontade de Deus. A sagrada Família é a própria escola de todas as virtudes.
O Papa Leão XIII escreveu: Os pais de família têm em São José um modelo admirável de vigilância e solicitude paterna; as mães podem admirar na Virgem Santíssima um exemplo insigne de amor, de respeito e de submissão; os filhos têm em Jesus, submisso a seus pais, um exemplo divino de obediência.

Imagem da Sagrada Família

As cenas da Sagrada Família são das mais representadas nas artes, principalmente na pintura com as cenas da natividade e da fuga para o Egito. A devoção se espalhou pelo mundo inteiro, pois Maria Santíssima e São José são os maiores exemplos de união, obediência e temor a Deus.

Devoção a Sagrada Família

O papa Leão XIII disse: Quando Jesus, Maria e José são invocados em casa, é propícia a manutenção da caridade na família através do seu exemplo e trato celestial; assim, uma boa influência é exercida sobre a conduta dos membros da família; da mesma forma, a prática da virtude é incitada; e, desse modo, as dificuldades que por toda parte querem atormentar a raça humana, serão mitigadas e tornadas mais fáceis de suportar.


Maria Santíssima na Sagrada Família

Como mulher temente a Deus, sempre disse Sim: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra. (Lc.1,38). Acompanhando seu Filho por toda a história da nossa Salvação, Maria nos dá todos os exemplos de como seguir Jesus para chegar a Deus.
Viveu toda a sua vida dedicada a Jesus, ajudando a prepará-lo para tudo o que tinha que viver e sofrer. Estava presente no primeiro milagre nas Bodas de Caná, onde deu uma recomendação que serve para todo cristão: fazei tudo o que Ele vos disser.  Esse pedido de Maria continua vivo até hoje. Que sigamos Jesus para a nossa Salvação.
Maria estava presente no início da Igreja, após a Ascenção de Jesus e continua até os dias de hoje, levando  todos para oSagrado Coração de Jesus. Maria disse em Fátima que quer a Salvação de todos. Maria guardava tudo em seu coração, e Jesus crescia em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. (Luc 2.41-52).

São José na Sagrada Família

Homem justo, conforme Mateus 1:19, pai e esposo fiel, carpinteiro, trabalhador, obediente aos pedidos e ordens de Deus. Um Anjo apareceu a São José e disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por tua mulher, porque o que dela vai nascer é obra do Espírito Santo de Deus. (Mat 1,20)
Foi sempre o defensor de Maria e Jesus, e com o trabalho simples de carpinteiro dava sustento para a Sagrada Família. Quando Herodes quis matar Jesus, José recebeu uma ordem de Deus para fugir para o Egito para proteger Jesus, e ele obedeceu.
Trabalhador, humilde, santo, escolhido por Deus para o maior compromisso de todos, que foi dar sustento para a Sagrada Família. Homem de Deus, homem puro que respeitou a virgindade de Maria, segundo os desígnios de Deus. Exemplo de vida dedicada a Deus.

Jesus Cristo na Sagrada Família

O Filho de Deus, o Verbo Eterno que se fez carne e habitou entre nós. A prova maior do amor de Deus por nós, como dizSão Paulo: Ele aniquilou-se a si mesmo deixando sua condição divina e assumindo a condição humana.
Jesus viveu uma vida comum, ordinária e oculta até se manifestar ao mundo. Foi obediente a seus pais, um filho exemplar como nos disse o evangelista Lucas. Ele viveu como filho, humano. Precisou da ternura, do cuidado e do carinho de seus pais. Durante a maior parte de sua vida terrena, Jesus viveu numa família humana comum, a Sagrada Família de Nazaré!

Oração à Sagrada Família

Ó Maria, Mãe de Jesus, avós dirijo, com profunda fé e grande devoção, a minha súplica:
Abençoai meu marido, minha esposa, meus filhos, e alcançai para eles a proteção dos Santos.
Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós.
São José pai adotivo de Jesus, rogai por nós.
Santo Anjo da Guarda, rogai por nós.
Santa Maria Madalena, rogai por nós.
Santo Agostinho, rogai por nós.
Santa Mônica, rogai por nós.
Todos os Santos e, Santas do Céu, rogai por nós.
Jesus, Filho, ouvi-nos.
Jesus, filho, atendei-nos.
Virgem Santíssima, daí a toda a minha família a paz, harmonia, amizade, amor, alegria e saúde e coragem nas provações.
De coração vos peço esta graça, (fazer o pedido), e tenho a certeza de ser atendido, por vossa intercessão e pelo poder de vosso Divino filho Jesus Cristo. Amém. 
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História de Nossa Senhora dos Aflitos

História de Nossa Senhora dos Aflitos

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Nossa Senhora dos Aflitos
Esse título de Maria nos remete ao momento da morte de Jesus, quando o Mestre, em sua aflição de morte, entregou sua mãe como Mãe de toda a humanidade. E, na pessoa do Evangelista João, entregou toda a humanidade a ela. (Jo 19, 26)

Origens

A devoção a Nossa Senhora dos Aflitos começou quando Santo Euzébio, estando exilado na Terra Santa, encontrou uma pintura de Nossa Senhora dos Aflitos. Ao voltar do exílio, levou o quadro consigo e o deu de presente a São Máximo, então bispo de Turim, Itália. São Máximo construiu um altar dedicado à Virgem dos Aflitos dentro da Igreja de Santo André. A partir de então, a devoção começou na Itália e muitas graças aconteceram pela invocação de Nossa Senhora dos Aflitos. O quadro ficou exposto ali por mais de quatro Séculos.

Perseguição

No ano 820 a região de Turim foi invadida por bárbaros que destruíam tudo o que fizesse referência à fé cristã. Por isso, os religiosos escondiam todos os símbolos, imagens e artigos religiosos que podiam. Neste movimento, o quadro de Nossa Senhora dos Aflitos também foi escondido em catacumbas da igreja de Turim e ali ficou oculto por mais de um Século. O povo chegou a pensar que ele tinha sido destruído pelos invasores.

O quadro de Nossa Senhora dos Aflitos é redescoberto

Em 1014, Arduino, Marquês italiano, estando muito enfermo, teve uma visão de Nossa Senhora na qual a Virgem lhe pedia para construir uma igreja sobre as ruínas da igreja de Turim. Depois da visão, o Marquês ficou totalmente são. Então, em agradecimento, ele partiu para realizar o pedido de Nossa Senhora. Assim, ao escavar os escombros da igreja, encontraram o quadro de Nossa Senhora dos Aflitos intacto. E a pintura era exatamente como o Marquês Arduino tinha visto em suas visões da Virgem Maria. A igreja foi reconstruída e o quadro voltou para um lugar de destaque onde o povo ia fazer suas orações e agradecimentos pelas inúmeras graças recebidas. Porém, mais um Século se passou e eis que uma nova invasão assombrou Turim. O quadro de Nossa Senhora dos Aflitos foi escondido novamente e permaneceu assim por outros muitos anos.

O segundo grande milagre

Nossa Senhora dos Aflitos apareceu em sonhos a um cego longe da Itália, na França. Seu nome: John Ravais. No sonho, ela pediu que ele fosse a Turim escavar os escombros da igreja, encontrar a imagem e reconstruir a casa de Deus. John Ravais obedeceu, foi para Turim, falou com o bispo, este lhe deu todo apoio e começaram a escavar sob suas orientações. E, como a Virgem dos Aflitos tinha anunciado, encontraram o quadro intacto. Quando John Ravais tocou nele, ficou curado e voltou a enxergar.

Devoção a Nossa Senhora dos Aflitos

A partir deste milagre, o povo de Turim tomou Nossa Senhora dos Aflitos como padroeira. A devoção se espalhou pela região. Por causa dos milagres e graças alcançadas, a devoção se espalhou rapidamente pela Itália, pela Europa e pelo o mundo. O Santuário dedicado a Nossa Senhora dos Aflitos está conservado em Turim, para onde acorrem peregrinos de todas as partes do mundo.

Oração a Nossa Senhora dos Aflitos

“Lembrai-vos, ó doce mãe, Nossa Senhora dos Aflitos, que nos foi dada por Jesus para nosso amparo e proteção! Cheios de confiança na vossa bondade nós imploramos o vosso auxílio. Socorrei a mim e aqueles pelos quais eu rezo... (coloque a sua intenção, faça seu pedido). Mãe querida, Senhora dos Aflitos, acolhei benigna essas nossas súplicas e dignai-vos atendê-las estendei sobre nós a vossa intercessão, voltai para nós vossos olhos misericordiosos. Ave Maria, cheia de graça...
Coração de Jesus crucificado, fonte de amor e de perdão, tende piedade de nós! Ó virgem, mãe dos aflitos, estendei vosso manto protetor sobre mim e minha família, ó virgem gloriosa e bendita. Amém.”
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História de Mãos Ensanguentadas de Jesus

História de Mãos Ensanguentadas de Jesus

Mãos Ensanguentadas de Jesus
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Mãos Ensanguentadas de Jesus e sua devoção são recentes. A primeira oração surgiu em setembro de 2002 na Associação do Senhor Jesus e TV Século 21. Maria do Rosário Leite do Canto, leiga consagrada, depois de muita oração e por inspiração do Espírito Santo, escreveu a oração das Mãos Ensanguentadas de Jesus, com intuito de celebrar, naquele ano, aExaltação da Santa Cruz, festa que surgiu na Igreja Católica Apostólica Romana em 335 D.C.
Desde que esta oração começou a ser rezada pelo povo, graças extraordinárias começaram a acontecer, pois a oração nos ajuda nos momentos de angustia, nos momentos difíceis da vida pelos quais todos nós passamos. Trata-se de uma oração de brota do fundo do coração e nos põe em contato com o poder do sangue de Jesus.
Por isso, a devoção às Mãos Ensanguentadas de Jesus crescia a cada dia. A Associação do Senhor Jesus/TV Século 21 passou a receber milhares de cartas diariamente, com testemunhos de graças alcançadas pelos fieis: curas físicas, libertação de vícios, conquista de um emprego, reconciliações, etc. Pe. Eduardo Dougherty, sacerdote jesuíta, fundador da Associação do Senhor Jesus, teve a inspiração de fazer uma novena. Maria do Rosário, amiga e colaboradora do Pe. Eduardo, aproveitando a oração, desenvolveu a Novena das Mãos Ensanguentadas de Jesus, depois de muita oração e sofrimento.
Em maio de 2006, os sócios e colaboradores da Associação do Senhor Jesus começaram a receber a Novena. Desde então, os testemunhos de graças e milagres alcançados através da oração da Novena não param de chegar à TV Século 21. Milhares de cartas chegam diariamente testemunhando graças alcançadas pela Novena. A TV Século 21 vende o folheto com a original Novena das Mãos Ensanguentas de Jesus.

Como se reza a novena

Durante nove dias, o fiel reza por uma intenção específica da novena, relacionada a uma passagem da vida de Jesus:
1º dia: A fé (Mateus 14, 27. 29-32) Pede-se pelo aumento da fé.
2º dia: A humildade (João 13, 3-15) Pede-se a humildade e o dom de servir.
3º dia: O perdão (João 8, 3-11) Pede-se perdão e a graça de aprender a perdoar.
4º dia: A pureza (Marcos 10, 13-16) Pede-se a purificação do coração.
5º dia: A cura (Mateus 20, 29-34) Pede-se a cura física, psíquica e espiritual.
6º dia: O alimento (Mateus 26, 26-28) Pede-se que nunca falte o Pão da vida.
7º dia: A cruz (Lucas 23, 44-46) Pede-se a graça de suportar a cruz de cada dia.
8º dia: A mãe (João 19, 25-27) Pede-se a presença maternal de Maria.
9º dia: A perseverança (João 20, 26-28) Pede-se a graça de ser fiel a Deus.
Além destas intenções, o fiel também pode pedir por uma graça específica e rezar com muita fé e devoção.

Devoção as Mãos Ensanguentadas de Jesus

O Sangue que Jesus derramou na cruz enquanto passava por seus terríveis sofrimentos e morte foi o preço que Ele pagou para a salvação de todos os seres humanos de todos os tempos. Suas mãos só faziam o bem. Quando Ele as impunha sobre os enfermos, estes ficavam curados imediatamente. Quando Ele as estendeu sobre o mar revolto, o mar se acalmou. Através de suas mãos benditas, Jesus abençoou as crianças e a todos os que lhe pediam que abençoasse.
Das mãos de Jesus Cristo, só saíram o amor, o bem, a paz, a cura, a felicidade, a esperança e o poder de Deus. Porém, estas mesmas mãos benditas foram cruelmente pregadas na Cruz. E suas mãos benditas e puras, ficaram ensanguentadas. De suas mãos jorrou o Sangue de nossa Redenção. Sangue que, através dessa piedosa novena, o fiel pode clamar para sua vida. Suplicando o poder das Mãos Ensanguentadas do Senhor Jesus, o mal se afasta de nossa vida, somos curados e libertados, e muitas bênçãos poderão acontecer na vida do fiel e de seus familiares.

Oração às Mãos Ensanguentadas de Jesus

Jesus, coloca Tuas Mãos benditas ensanguentadas, chagadas e abertas sobre mim neste momento.
Sinto-me completamente sem forças para prosseguir carregando as minhas cruzes.
Preciso que a força e o poder de Tuas Mãos, que suportaram a mais profunda dor ao serem pregadas na Cruz reergam-me e curem-me agora.
Jesus, não peço somente por mim, mas também por todos aqueles que mais amo. Nós precisamos desesperadamente de cura física e espiritual através do toque consolador de Tuas Mãos ensanguentadas e infinitamente poderosas.
Eu reconheço, apesar de toda a minha limitação e da infinidade dos meus pecados, que és Deus, Onipotente e Misericordioso para agir e realizar o impossível.
Com fé e total confiança posso dizer: Mãos ensanguentadas de Jesus, Mãos feridas lá na Cruz! Vêm tocar em mim. Vem, Senhor Jesus!
Concluir cada dia, rezando um Pai Nosso e um Glória.

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sábado, 2 de janeiro de 2016

Nossa Senhora de Pontmain


Nossa Senhora de Pontmain
Na cidade de Toul, na França, o povo mantém sua devoção a Maria Santíssima baseada numa lenda tradicional.
Essa lenda narra que por ter alcançado uma graça pedida, um casal ofertou à santa Virgem um par de chinelos de prata. Esse fato teria ocorrido por volta do ano 1284. De lá para cá, a população em massa manifesta sua admiração a essa devoção, dando-lhe o nome de “Nossa Senhora dos Pés de Prata”. Tal devoção alastrou-se muito, sobretudo na França, onde no dia 20 de setembro de cada ano, são realizadas manifestações de culto mariano.
Ainda na França, outro titulo aflora em louvor à Maria Santíssima é Nossa Senhora de Pointman.
Corria o ano de 1871, o inverno rigorosíssimo, a fome e a guerra haviam dizimado muitas pessoas.
No dia 17 de janeiro, por volta das 6 horas da tarde, o menino Eugênio Barbedette, de doze anos saiu de sua residência e avistou uma senhora de beleza incomparável, resplandecente de luz. Seu vestido era de cor azul, salpicado de estrelas brilhantes. Nos pés, um calçado também azul, com fivelas douradas. Um manto escuro a cobria e na cabeça, uma coroa de ouro. Suas mãos abertas estendidas para baixo pareciam oferecer alguma coisa. Diante dessa visão arrebatadora, o menino só repetia: “Como ela é linda, como é linda!”.
Os pais e outras pessoas chegaram. Não viam nada, mesmo que o menino dissesse que estava enxergando Nossa Senhora. Chamando-o de visionário, a mãe o mandou entrar para jantar. Terminada a refeição, o menino voltou novamente à rua, agora com seu irmão menor, chamado José. Ambos encontraram a Senhora, no mesmo local. Ficaram radiantes ao contemplar de novo a visão maravilhosa. Os dois repetiam sem cessar: “Como ela é linda, como é linda!”.
Outros transeuntes nada viam. Porém, com a insistência dos meninos confirmando a visão, chamaram a Superiora das Irmãs religiosas. Duas alunas que as acompanharam, igualmente contemplaram a celestial aparição, manifestando viva alegria ao ver a santa Virgem sorrindo.
Comunicaram ao pároco. Logo, o povo foi chegando e o sacerdote convidou o povo para rezar. As crianças continuaram a ver Nossa Senhora. Numa fita azul, apareceram quatro velas acendidas por uma estrela: duas delas, na altura dos joelhos e outras duas perto dos ombros. Noutra fita debaixo dos pés, estava escrito: “Rezai, meus filhos. Deus vos ouvirá em breve”. Ao mesmo tempo, segurava um crucifixo. Depois de tudo isto, um véu escuro encobriu a aparição.
Para perpetuar o acontecimento, a comunidade construiu um templo comemorativo, em honra de Nossa Senhora de Pointman.
Oração
Ó Deus, luz verdadeira, fonte e principio da luz eterna, fazei brilhar no coração dos vossos fieis a luz que não se extingue, para que, iluminados por estas velas no vosso templo santo, por meio de Maria vossa esposa e mãe, cheguemos ao esplendor de vossa glória. Por Cristo, nosso Senhor, Amém.
* Retirado da Revista Ave Maria, ano 116, dezembro 2014, página 10

Nossa Senhora de Altagrácia

Nossa Senhora de Altagrácia


Pe. Roque Vicente Beraldi, cmf
Embora muito difundida na República Dominicana, não se tem conhecimento de quando começou a ser venerada a SS. Virgem com o título de Altagrácia. Pouco depois de conquista a ilha pelos espanhóis, no entanto, o culto já havia se alastrado pelas vilas do país.
Conta-se que um comerciante residente na região de Duey, conhecida atualmente como Salvaléon de Higuey, viajaria a negócios para Santo Domingo e recebeu da filha um pedido para que lhe trouxesse a estampa de Nossa Senhora Altagrácia.
Já na capital, o homem buscou a estampa nas poucas livrarias existentes, em igrejas, com pessoas relacionadas ao clero e até mesmo com o Arcebispo de Santo Domingo, mas não teve sucesso em sua jornada. A maioria das pessoas desconhecia a imagem de Santa Maria de Altagrácia, embora tivesse a par do culto.
Chateado por não poder atender sua filha, o comerciante retornou à terra natal. No caminho a Duey, deu carona a um velho de barbas brancas que, agradecido pela oferta, principiou uma agradável conversa.
Em seu diálogo com o comerciante, o senhor soube do aborrecimento daquele homem; abriu, então, sua sacola e tirou de lá uma tela enrolada, na qual havia uma pintura tão desejada. A imagem representava Maria, Mãe de Deus, contemplando o Menino Jesus deitada numa manjedoura. Ao seu lado estava São José, olhando ternamente para o Deus infante. No alto da tela, um foco de luz iluminava a face do Menino Deus.
Ao chegar em casa, o pai entregou a preciosa encomenda à filha, presente do misterioso idoso, do qual não teve mais noticias. No local de sua residência, foi construído anos mais tarde um templo, hoje conhecido como o Santuário Nacional de Higuey. Colocado no altar-mor da paróquia, a tela de Nossa Senhora da Altagrácia é visitada diariamente por diversos romeiros.
Altagrácia tornou-se nome de destaque nas terras dominicanas e também fora delas. Em 1876, o rei Afonso XII condecorou a João Alés Escobar, ex-governador civil de Cuba, com o título de Marquês de Altagrácia. Também na Argentina, na província de Córdoba, há uma cidade chamada Altagrácia, nomeada em homenagem ao culto dominicano.
Nossa Senhora de Altagrácia é considerada a Padroeira da República Dominicana.

Oração
Ó Deus, que multiplicais os títulos de glória de Maria SS., perpetrando sua profecia “chamar-me-ão bem aventurada” em todo o mundo, fazei que sejamos beneficiados por esta que louvamos com o sugestivo titulo de Altagrácia. Amém.
Retirada da Revista Ave Maria, maio de 2012, pág. 14.

Nossa Senhora das Ovelhas



Nossa Senhora das Ovelhas

Pe. Roque Vicente Beraldi, cmf
Em abril de 2002, a Revista Ave Maria publicou o titulo de Nossa Senhora, denominada a “Divina Pastora”.  Recentemente, encontrei outro titulo semelhante: Nossa Senhora das Ovelhas.
A iconografia é muito variada. Há artistas que a representam com vestes típicas de pastorinha, usando um chapéu de abas largas – símbolo da profissão pastoril -, e segurando um cajado, que ora está na mão direita, ora na esquerda. Há imagens também, que a representam com o menino Jesus nos braços, afagando algumas ovelhinhas, entre muitas que os rodeiam.
Na casa de descanso do terceiro Barão de Saavedra, português radicado no Brasil, há um agresco do pintor brasileiro Cândido Portinari que mostra a ilimitada delicadeza e doçura de Maria, cuidando das ovelhas.
Não é de se espantar que haja mais título de Nossa Senhora dedicado ao pastoreio, afinal, era uma profissão quase obrigatória entre os povos antigos. As famílias, em grande parte, possuíam seus rebanhos, mesmo que pequenos, que necessitavam de proteção contra ataques de animais ferozes e até de ladrões.
A Escritura Sagrada faz inúmeras referências ao pastoreio. Elas têm inicio com a narração do Gênesis (4,2), na qual consta que Abel era pastor. No Livro dos Números (14,33), lemos: “onde os vossos filhos guardarão os seus rebanhos durante quarenta anos, pagando a pena de vossas infidelidades”.
Tão em voga era essa profissão que os profetas também a utilizaram para falar do Messias. Tornou-se, pois, um termo messiânico. Isaías (40,11) escreve: “como um pastor, vai apascentar seu rebanho, reunir os animais dispersos, carregar os cordeiros nas dobras de seu manto, conduzir lentamente as ovelhas que amamentam. Muitas outras passagens escriturísticas fazem menção ao pastoreio. O nome pastor foi utilizado também no sentido metafórico, sendo aplicado desde tempos imemoriais ao rei, como se pode ver em Homero, que o chama “pastor dos povos”.
Dizem que, em Sevilha, na Espanha, um capuchinho de nome Isidoro, para amenizar as agruras da profissão e animar os pastores, teria iniciado e propagado a devoção a Nossa Senhora Divina Pastora, apresentando-a como modelo. Por volta de 1703, eram bastantes os pastores, e o frade queria difundir entre eles paciência, piedade e convicção de que o ofício era uma nobre ocupação. Eles podiam contar com o exemplo e a proteção de Maria, que exerceu a missão pastoral de orientar os primeiros cristãos.
Com essa iniciativa, também nos sentimos seguros, porque, como amável pastora, ela nos indica o caminho certo da oração que nos faz encontrar Jesus!
Oração
Maria do pastoreio, levai-me a Jesus, o Bom Pastor, para que nada me falte. Fazei-me repousar em verdes pastagens. Conduzi-me junto ás águas refrescantes. Restaurai as forças de minha alma. Levai-me pelos caminhos retos, por amor ao nome de Jesus. Ainda que atravesse o vale escuro, que eu nada tema, pois estais comigo. Que o vosso bordão e o vosso báculo sejam meu amparo. 
Amém.
* Retirado da página 10 da Revista Ave Maria, ano 115, agosto 2013.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Origem e significado do santo Rosário


Origem e significado do santo Rosário
Corria o ano da graça de 1214. Havia bastante tempo que o Languedoc, região meridional da França, vinha sendo assolado por uma infame e terrível heresia: a dos albigenses.

Convocada uma Cruzada para estancar o mal, o choque entre católicos e hereges não tardou a acontecer. E a terra da nobre nação francesa passou a ser o teatro de inúmeras e sangrentas batalhas em que católicos e albigenses disputavam o terreno palmo a palmo.

S DOMINGOS DE GUSMAO-2.jpgPorém, apesar de tanto sangue derramado, a heresia continuava a devastar as almas. Como mover o Céu a derrotá-la? Como obter de Deus uma vitória definitiva?

Dias de terrível aflição foram aqueles! Havia horas em que tudo parecia perdido, e a heresia triunfante tudo destruía, manchava e conspurcava.

Nesse estado de tribulação extrema da Cristandade, São Domingos, movido por inspiração divina, entra numa grande e densa floresta próxima de Toulouse (capital do Languedoc). Ali passa três dias e três noites em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar e de se flagelar, implorando a Deus que tivesse pena de sua própria glória calcada aos pés pela heresia albigense.

Em conseqüência de tamanho ardor e esforço, acaba por cair semi-morto. E eis que então, Maria Santíssima, resplandecente de glória, lhe aparece.
A conversão dos albigenses por São Domingos

"A Santíssima Virgem, que estava acompanhada de três princesas do Céu, lhe disse: ‘Sabes tu, meu caro Domingos, de que arma a Santíssima Trindade se serviu para reformar o mundo?' - ‘Ó Senhora! respondeu ele, Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo fostes o principal instrumento de nossa salvação'. Ela continuou: ‘O instrumento principal dessa obra foi o Saltério angélico, que é o fundamento do Novo Testamento. Portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Saltério'. O Santo levantou-se muito consolado e, abrasado de zelo pelo bem desses povos, entrou na catedral. No mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos Anjos, para reunir os habitantes. No início da pregação caiu uma espantosa tempestade. A terra tremeu, o sol se nublou, os trovões e relâmpagos redobrados fizeram estremecer e empalidecer todos os ouvintes. Seu terror aumentou ao verem uma imagem da Santíssima Virgem, exposta num lugar eminente, levantar três vezes os braços para o céu, para pedir ao Senhor vingança contra eles se não se convertessem e não recorressem à proteção da santa Mãe de Deus.

O Céu queria, por esses prodígios, estimular a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais conhecida. A tormenta cessou, por fim, devido às orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão e explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo Rosário, que quase todos os tolosinos o adotaram, renunciando a seus erros. Em pouco tempo verificou-se uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade."
Essa narrativa, de autoria do Bem-aventurado Alano de la Roche (1428-1475), no seu famoso livro Da dignidade doROSARIO_01 RAE 22.jpgSaltério*, é conforme a uma sólida e venerável tradição, segundo a qual a pregação do Rosário foi recomendada pessoalmente por Nossa Senhora a São Domingos.

Apesar de, modernamente, a autenticidade desses fatos haver sido contestada por vários especialistas, que alegam a ausência de documentos contemporâneos que os atestem, a crítica histórica vem demonstrando o acerto de se considerar São Domingos - fundador da Ordem dos Pregadores (os dominicanos) - como o instituidor do Rosário, e a voz de numerosos Pontífices Romanos o confirmam.

Assim, a devoção do Rosário continua estreitamente vinculada a São Domingos, sem dúvida o seu primeiro grande propagador. Obtendo excelentes frutos, ele o pregou durante o resto de sua vida "não só pelo exemplo, como de viva voz, nas cidades e nos campos, diante dos grandes e dos pequenos, dos sábios e dos ignorantes, diante dos católicos e dos hereges" 58.
Alguns anos depois da morte de São Domingos, o costume da recitação do Rosário começ0u a cair pouco a pouco em desuso, por diversas causas. Um de seus filhos espirituais, o Bem-aventurado Alano de la Roche, no século XV, trabalhando incansavelmente na restauração dessa piedosa prática, conseguiu fazê-la reflorescer e difundir por todo o orbe católico.
Coroa de rosas

São Luís Maria Grignion de Montfort (1673-1716), grande apóstolo da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, consagrou um de seus extraordinários escritos a enaltecer as excelências do Rosário. Trata-se de O segredo admirável do santíssimo Rosário para se converter e se salvar, em cujas páginas o Santo comenta a origem dessa prática de devoção, seu significado e suas maravilhas, reveladas pela própria Mãe de Deus.

As considerações apresentadas em seguida são extraídas da mencionada obra de São Luís Grignion a respeito do Rosário.
Depois que o Bem-aventurado Alano de la Roche renovou essa devoção ao Saltério de Maria, a voz popular, que é a voz de Deus, conferiu-lhe o nome de Rosário, que significa "coroa de rosas". Quer dizer que todas as vezes que alguém reza, de modo conveniente, seu Rosário, deposita sobre a cabeça de Jesus e de Maria uma coroa formada de 153 rosas brancas e 16 rosas vermelhas do Paraíso, as quais nunca perderão sua beleza ou seu brilho. A Santíssima Virgem aprovou e confirmou esse nome MAOS DE NOSSA SENHORA COM O TER?O........jpgde Rosário, revelando a vários devotos seus que eles Lhe apresentariam tantas e agradáveis rosas quantas Ave-Marias recitassem em sua honra; e tantas coroas de rosas quantos fossem os Rosários por eles rezados.

O Irmão Afonso Rodrigues, da Companhia de Jesus, recitava seu Rosário com tanto fervor que se via, com freqüência, a cada Pai-Nosso, sair de sua boca uma rosa vermelha, e a cada Ave-Maria uma branca, igual em beleza e em bom odor.

As crônicas de São Francisco narram que um jovem religioso tinha o louvável costume de rezar todos os dias, antes da refeição, a coroa da Santíssima Virgem. Um dia, não sei por que imprevisto, deixou de fazê-lo. Tendo soado a hora do jantar, pediu a seu superior a permissão para recitá-la antes de se dirigir à mesa. Com esta licença, recolheu-se em seu quarto. Porém, como demorasse em retornar, o superior enviou um religioso para chamá-lo.

Esse religioso o encontrou no seu quarto, todo resplandecente de celeste luminosidade, e a Santíssima Virgem e dois anjos junto dele. À medida que ele dizia uma Ave-Maria, uma bela rosa saía de sua boca; os anjos recolhiam as rosas, uma após outra, e as colocavam sobre a cabeça da Santíssima Virgem, que manifestava sua alegria com tais adornos. Dois outros religiosos, enviados para ver a causa da demora dos primeiros, presenciaram todo esse mistério, e Nossa Senhora só desapareceu quando a coroa foi inteiramente recitada.

O Rosário é, pois, uma grande coroa, e o Terço [a terça parte do Rosário] é um pequeno chapéu de flores ou um diadema de rosas celestes que se deposita sobre a cabeça de Jesus e de Maria. Assim como a rosa é a rainha das flores, assim também o Rosário é a rosa e o primeiro dos atos de piedade.

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