segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O pecado da inveja (ofielcatolico.com.br)


O pecado da inveja

EM CONTINUIDADE À NOSSA série de artigos sobre os pecados capitais, passamos agora ao estudo do pecado da inveja.

A natureza humana, que segundo nossa fé se tornou contaminada pelo pecado de Adão, – o Pecado Original, – insiste em contrariar as inspirações do Espírito Santo de Deus, que são sempre as mais saudáveis para a nossa vida espiritual. Estamos falando da eterna luta entre a carne e o Espírito. 
“Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos...” (Gl 5, 17).

Quando a Comunhão com o Senhor esfria, a natureza humana (a 'fraqueza da carne') aumenta, toma conta da vida e dos nossos desejos, e começa a produzir frutos ruins, porque tudo o que podemos ser e fazer de bom vem de Deus; o bem em nós é fruto do Espírito. Um dos resultados mais imediatos do afastamento de Deus é o afastamento da Igreja. Outros resultados são a depressão, a perda da fé, uma angustiante sensação de vazio, de uma vida sem sentido...

A inveja é um dos mais terríveis pecados que podemos cometer, porque ter inveja é sentir desgosto, raiva ou tristeza por ver o bem ou a felicidade do próximo, que deveríamos amar como a nós mesmos. Podemos notar, por esse prisma, o quanto estamos afastados do Caminho que é Jesus Cristo. Este sentimento mesquinho se reflete num desejo negativamente intenso, – às vezes violento, – de possuir os bens ou as qualidades alheias. A inveja é um dos frutos da natureza humana que, entre outros, causa profundas feridas na vida espiritual. Essas feridas são graves, a ponto de lançar os que se entregam à inveja numa existência de trevas. Tudo se complica ainda mais pelo fato de a inveja ser um pecado que pode passar desapercebido pelas pessoas ao redor, mas que internamente consome as vidas dos que a ela se entregam.

“A paz de espírito dá saúde ao corpo, mas a inveja destrói como o câncer.” (Pv 14, 30)

“O ódio é cruel e destruidor, mas a inveja é ainda pior.” (Pv 27, 4)

A inveja é tão grave que, dos Dez Mandamentos do SENHOR entregues a Moisés, ela foi condenada em dois:(9º) Não desejar a mulher do próximo; e (10º) Não cobiçar as coisas alheias. – A cobiça das coisas que não nos pertencem é a marca do pecado da inveja. É assim que a inveja pode levar ao roubo, outra desobediência aos Mandamentos de Deus e grave pecado capital.

A inveja é também a prova certa de uma vida carnal e da necessidade urgente de arrependimento e mudança de vida, como disse S. Tiago em sua epístola: “Se em vosso coração existe inveja, amargura e egoísmo, então não mintais contra a verdade, gabando-vos de serem sábios”. (Tg 3,14)




Vencendo o pecado da inveja

Enquanto cristão, cabe a você a responsabilidade de não deixar que a inveja cresça e floresça em sua vida. A melhor prática de combate a esse pecado devastador é pedir ao Espírito Santo que lhe dê a sensibilidade para perceber essa fraqueza ainda no início (em sua mente), reconhecendo que está sentindo inveja, enquanto ela ainda não é mais forte que o seu desejo de fazer o que é certo e ser santo. A decisão e o esforço para viver em santidade são seus. Assim não deixará as portas abertas para qualquer tipo de cobiça das coisas ou qualidades do seu próximo.

Viver em santidade, para o cristão, não é opção: é ordem direta de Jesus (cf. Mt 19,21), e a única maneira de encontrar a felicidade, a plenitude e a vida eterna! Para cumprir este mandamento é preciso seguir o exemplo de Ezequiel (3,3), “se alimentar da Palavra de Deus, orar muito e se sacrificar com agradáveis jejuns”. Este desejável jejum, mais que o jejum alimentar, é o jejum das práticas que não são agradáveis a Deus, e que portanto nos prejudicam, entre as quais a inveja. Este conjunto de ações nos leva mais perto de Deus e capacita-nos a ouvir a Sua Voz.

Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu pecado, o homem continua sendo um ser feito à Imagem e Semelhança do seu Criador. O cristão batizado combate a inveja pela benevolência, pela humildade e pelo abandono nas Mãos da Providência Divina.

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Ref.: 
ULLMANN, Reinholdo Aloysio. Sei em Quem Confiei. Rio Grande do Sul: EdiPUCRS, 2004, p. 277.

artigo postado pelo site ofielcatolico.com.br

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O pecado da ira

O pecado da ira
EM CONTINUIDADE à nossa série de artigos sobre os pecados capitais,
 postado primeiramente no site .ofielcatolico.com.br



Cada um de nós, seres humanos, por nossos próprios méritos, estaríamos irremediavelmente perdidos: todos pecamos e precisamos da Graça de Deus, embora muitos ainda não o reconheçam; – é este o seu maior problema.

Na árvore do pecado, a ira é um galho grande. – Por isso é um dos pecados capitais. – A ira está ligada ao orgulho, que é a rejeição da Soberania de Deus sobre a nossa vontade.

O pecado da ira, na maioria das vezes, é um sentimento de contrariedade por alguma vontade não satisfeita. Vemos que até as crianças, mesmo pequenas, já expressam seu descontentamento quando são contrariadas: batem raivosamente os pés, choram, gritam... Hoje é até comum, horror dos horrores, crianças desferindo socos e chutes nos seus pais.

Deus nos criou dotados de sentimentos, que são indispensáveis para a vida, mas quando a ira é alimentada por nossa livre decisão, seja consciente ou não, aí ela resulta em gestos concretos que fatalmente levarão à dor e ao sofrimento. Gestos dos quais nos arrependeremos depois, quando poderá ser tarde demais. Quando alimentada, a ira leva a uma fúria doentia que precisa se manifestar de algum modo, e então acaba resultando em desrespeito, agressão verbal e/ou física, que pode resultar em crimes graves; no caso mais extremo, o assassinato. 
A ira, portanto, está ligada mais ao agir do que ao sentir, simplesmente. Normalmente são as pessoas mais ativas e cheias de desejos que mais sofrem com a ira. São conhecidas como “pavio curto” ou de "gênio forte". Algumas são até admiradas por serem “francas” e “sinceras”: não levam desaforo para casa. Mas a sinceridade não precisa, – e não deve, – vir acompanhada da ira. Se você alimentar a ira, deixar-se tomar pelo ódio e pelo desejo de vingança, será capaz de cometer atrocidades que nem poderia imaginar.

O Livro do Eclesiastes (7,9) condena os que são rápidos em alimentar a ira, que se esconde no mais íntimo da alma humana. Escrevendo aos efésios, São Paulo Apóstolo diz que a “ira breve” faz parte da natureza humana, mas deve ser tratada imediatamente: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4,26). Paulo está citando o Salmo 4: “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o vosso coração, e sossegai.” (Sl 4,4). Davi escreveu esse salmo quando seu filho Absalão liderava um motim para tomar-lhe o reino. O salmo é um pedido de ajuda a Deus diante dessa terrível situação e também um apelo aos homens, para que refletissem sobre o problema em vez de se entregarem à ira.

Não deem espaço para a ira além do necessário, adverte São Paulo. Não deixem a raiva se acumular para o dia seguinte, e o seguinte a este, e o outro… Ainda na mesma noite do desentendimento, da sua indignação, da sua dor, você deve entregar o problema aos Pés do Senhor, e assim procurar perdoar, lembrando-se que também é falho, que também comete erros, que dá motivos para que o outro se ofenda. Procurando a serenidade em Cristo, encontrará sossego. “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só Vós me fazeis repousar seguro.” (Salmo 4, 8)

Nosso Senhor Jesus foi ao centro da questão e revelou a essência do Mandamento da Lei que diz “não matarás”, quando disse: 
Ouviste o que foi dito aos antigos: não matarás; e quem matar estará sujeito a julgamento. Eu porém vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do Tribunal; e quem lhe chamar: 'tolo', estará sujeito ao inferno de fogo. Quando estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então apresenta a tua oferta. Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta." (Mt 5, 24)

A Lei fala do fruto mais extremo da ira: não matarás! Quem evita a ira, por certo não corre o risco de chegar ao extremo de tirar a vida de alguém. Jesus muda a perspectiva. O desrespeito pela vida, que leva alguém a matar, nasce na ira, perde o controle em quem a consente e passa dos insultos verbais e físicos para as últimas consequências, que arruinarão a vida de muitos, especialmente de quem comete o ato impensado.




Vencendo a ira

Como lidar com a ira à luz do Evangelho? Qual a saída para um coração irado? Jesus nos apresentou duas bem-aventuranças que tornam felizes aqueles que lutam contra a ira: "Felizes os mansos" e "Felizes os pacificadores".

Muitos confundem mansidão com fraqueza. Promover a paz e demonstrar espírito manso seriam marcas dos perdedores? Não. Verdadeiramente, a mansidão e a paz são os maiores sinais de força e domínio próprio que um ser humano é capaz de manifestar. Ser manso não é ser fraco, mas abrir mão de usar a força. Ser manso é ser maior do que a ira.

A ira é como qualquer emoção: aparece de maneira involuntária. Você não "decide" que vai se irar. No entanto, ao sentir a ira, se perceber que é porque uma vontade sua foi contrariada, aí sim poderá tomar o controle sobre si mesmo e sobre a situação, e decidir como reagir a esse sentimento negativo.


Mansidão não é sinônimo de passividade, mas está diretamente relacionada à humildade. Os mansos e pacificadores nada têm a ver com os passivos. Moisés foi um dos maiores líderes da história, e era conhecido como o mais manso e humilde dos homens do seu tempo (Nm 12,3).

A mansidão não sente necessidade de injuriar os outros. Não possui sentimentos de inferioridade, nem de impotência, e por isso os mansos não precisam lutar por reconhecimento. Submetem suas contrariedades a Deus, que domina o Universo, e logo descansam. Desenvolver um espírito manso é confiar na Promessa de Jesus de que os mansos herdarão a Terra. O Senhor nos convida a aprender a mansidão com Ele, o Cristo de Deus, que foi o exemplo máximo de mansidão; pois, sendo Deus Todo Poderoso, abriu mão de todo Poder e Glória submetendo-se à Vontade do Pai por Amor a cada um de nós. Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, tende piedade de nós, que somos pecadores!

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Ref. bibliográfica:
BURNS, John E. Recuperando - se com os Sete Pecados Capitais São Paulo: Loyola, 2004


como eu  disse nas postagens anteriores este artigo foi publicado pelo site .ofielcatolico.com.br o qual eu recomendo

Maria,minha mãe sua mãe nossa mãe

Maria



Algumas pessoas dizer que Maria era uma pessoa comum talvez seja por falta de orientação ou por mal informação ou simplesmente por mal intenção
Vejamos alguém fala que Abraão, Moisés ou Elias eram pessoas comuns ou uma pessoa qualquer, Abraão Deus pediu para ele sacrificar seu único filho com muita Fé ele foi fazer o que Deus pediu, mas Deus só estava lhe testando e mandou um anjo para impedir de sacrificar seu único filho, Maria gerou um único filho que se sacrificou por todos nos
Moisés foi usado por Deus para salvar um povo, Maria foi usada por Deus para trazer a salvação para todos os povos
 Elias foi arrebatado em vida aos céus por Deus, Maria gerou o Deus vivo nosso salvador que subiu aos céus. poderia cita vários exemplos de grandes homem do velho testamento.
Mas o que a bíblia nos fala de Maria.
 Lucas 1-27ª30 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem Maria.
Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.
.Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
.O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
O anjo disse cheia de graça, aqueles que aceitam a Jesus como único salvador e são batizados
Recebem a graça de nosso senhor.
Maria muito antes de começarem a batizar já estava cheia de graça, ou seja, santificada, purificada e preparada por nosso senhor.
Lucas 1-41a45
Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
.E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
.Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
.Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
.Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!
Isabel cheia do espírito santo quer dizer tocada pelo próprio Deus, diz bendita és tu entre as mulheres, ou seja, ela é abençoada por Deus entre todas as mulheres
Bem-aventurada és tu que creste Maria uma mulher simples humilde, mas cheia de graça, bendita e bem-aventura não uma mulher comum
Lucas 1-48 porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
Aqui diz que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada, ou seja, uma mulher santificada, purificada a mãe do nosso SENHOR JESUS, não uma mulher qualquer
João 2-1ª11 Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus.
Também foram convidados Jesus e os seus discípulos.
Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho.
Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.
Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser.
Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas.
Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima.
Tirai agora , disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram.
Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo
e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.
Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
Nestes versículos todos nos lembramos da interseção de Maria, mas o mais bonito e o amor de nosso senhor para com sua mãe, ele mesmo disse não é chegado há minha hora, mas mesmo assim ele fez o que ela pediu se Jesus nosso salvador se sacrificou por nos que somos pecadores simplesmente por amor imagine o amor que ele sentia por Maria, a mulher que lhe carregou durante nove meses e depois cuido dele a vida toda com amor e carinho, como ele gostaria que nós nos lembrássemos de sua mãe?
João 19-26ª27 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.
Jesus conhecia seus apóstolos e discípulos sabiam que sua mãe não ficaria desamparada o que ele quis dizer então.
Jesus está nos dizendo como devemos nos lembrar de sua mãe, como mãe do nosso salvador como nossa mãe
Devemos respeita La, honra La, admira La como nossa mãe nossa intercessora.
Salve Maria mãe do nosso senhor nossa mãe salve

Por isso quando nos fomos falar de Maria lembremos realmente que ela é, amém


roberto martins guerrero

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O pecado da avareza

O pecado da avareza


EM CONTINUAÇÃO à nossa série de estudos sobre os pecados capitais passamos agora ao estudo do pecado da avareza.


Todos nós, em algum momento de nossas vidas, nos rendemos a um dos pecados capitais, porque somos ainda fracos e imperfeitos, e assim seremos até o dia glorioso em que, se Nosso Senhor assim o quiser, entraremos definitivamente no Reino dos Céus. Isto não significa que devamos nos conformar e nos entregar ao pecado, mas sim que precisamos ter humildade e reconhecer as nossas fraquezas diante de Deus, para que possamos, aos poucos e todos os dias, superá-las.

Fazemos parte de uma sociedade para a qual quem mais possui parece valer mais do que aqueles que não têm acesso a muitos bens: os itens de consumo que se tornam símbolos de status social, as novidades tecnológicas cada vez mais impressionantes e que não param de surgir a todo instante, as belas roupas da moda, os prazeres e luxos que a modernidade oferece... Somos bombardeados a todo instante com propaganda, na TV, em publicações escritas, na internet... 

Nas ruas vemos enormes outdoors nos muros, nas fachadas, nas laterais do transporte coletivo. A mensagem implícita é sempre a mesma: comprar, possuir, ter... Ter é igual a ser. Então, trabalhe mais e mais, até que já não tenha mais tempo para nada, nem para a sua família; depois continue, até que não possa mais nem dormir o suficiente; pense apenas em como ganhar mais, e continue trabalhando sempre mais, para poder ganhar mais e ter mais, até adoecer e adquirir novos gastos com médicos, exames e medicamentos que o plano de saúde não cobre.

Em suma, o que a sociedade de consumo apregoa é que ser feliz é sinônimo de possuir. E se o nosso valor depende do nosso poder aquisitivo, todos querem a sua parte. É natural de todo ser humano o desejo de inclusão, de fazer parte do grupo, de ser aceito e respeitado. Assim, cada vez mais pessoas querem possuir tudo, e tudo de imediato. É tudo “para ontem”: a involução do ter assumiu o lugar da antes sonhada evolução do ser.

A partir desse triste panorama, as pessoas caem cada vez mais na tentação da
 avareza. Se vale mais o ter do que o ser, e para isso é preciso dinheiro, e cada um faz tudo o que pode para consegui-lo, sem se preocupar com a ética. Sem pensar em Deus ou no bem do próximo.

A palavra avareza vem do latim avere. Segundo o Dicionário Aurélio, significa “excessivo e sórdido apego ao dinheiro; falta de generosidade e mesquinhez”. A avareza é o oposto da generosidade, do amor fraterno e do senso de fraternidade, solidariedade e companheirismo. O avarento é, antes de tudo, um egoísta. E a falta de generosidade gera muitas atitudes negativas: o apego aos bens materiais nos torna desumanos e inquietos, preocupados somente com nossas próprias necessidades, ocupados demais em acumular. 

Atualmente a classe média e alta no Brasil, – um país ainda em desenvolvimento, – gasta bilhões em cuidados absolutamente supérfluos com cachorrinhos de estimação: existem terapias florais, banhos de
 ofurô, clínicas especializadas em massagens relaxantes e até psicólogos para cães... Enquanto isso, crianças pedem esmola e são violentadas, espancadas e mortas, ali mesmo, na esquina da sua rua. Ser avarento é, antes de tudo, ser egoísta, pensar somente em si e nos seus caprichos.

A avareza também está relacionada com a falsidade e a mentira, com a tentativa desonesta de enganar para lucrar. O lema de quem comete avareza é: “Quanto mais tenho, mais quero”. Jesus, porém, ensinou que o homem se engana ao se preocupar em acumular bens que não conseguirá levar para a vida eterna (Mt 12,26).

Nos ambientes de trabalho encontramos esse pecado em líderes e funcionários avarentos, que não se comunicam, não confiam em ninguém; são centralizadores e monopolizam informações: pensam que, se compartilharem o conhecimento, diminuirão suas chances de alcançar o sucesso profissional. Grande engano: o melhor líder é o líder que se faz respeitar, e para tanto é preciso compartilhar e saber jogar o "jogo do ganha-ganha". Pessoas que não compreendem isto não conseguem se comunicar nem trabalhar em equipe, não entendem as ideias alheias e não se expressam claramente, querendo deter as informações para si mesmas. A equipe perde a confiança no colega ou líder avarento.

O avarento se apega às coisas, e tem um grande medo de perder aquilo que possui. Sente necessidade de disfarçar seus conflitos internos através da busca dos bens materiais externos, mas nunca consegue suprir a sensação de carência, sentindo-se insatisfeito constantemente, buscando adquirir cada vez mais, acreditando que com a próxima conquista sentirá satisfação; – o que nunca acontece.

Em muitos casos, a escolha da profissão se baseia somente nesse critério, deixando-se de lado a vocação de cada um, e muitos se lançam a uma condição de eterna insatisfação, uma vida sem prazer, sem motivação, com o único objetivo de ganhar mais.
 

Muitos se casam não por amor, mas para se unir a alguém que possa prover seus desejos e satisfazer suas vaidades. Essa falta de consideração para consigo mesmo leva a uma busca incessante por coisas e objetos externos, pois essa pessoa acredita que dentro dela não há nada, só um imenso vazio, que só poderá ser preenchido por algo que venha de fora. Daí a necessidade de ostentação, a ilusão do sucesso diante do mundo, mas não dentro de si mesmo: fuga da amarga realidade.

Atualmente vemos pais, professores e parentes dando maus exemplos às crianças, dando a entender que o dinheiro compra tudo e todos. Com o passar do tempo, essa noção se aprofunda e é seguida inconscientemente. O indivíduo passa a acreditar que o amor, a atenção e a presença da família e dos amigos podem ser substituídos por roupas caras, carros, viagens... Essa substituição gera adultos que cometem não só o pecado capital da avareza, mas também os da soberba, do orgulho, da vaidade e da luxúria.


Vencer a avareza

Vencer a avareza é um exercício diário: o exercício de considerar e aprender a ver que tudo é palha diante do Reino de Deus e da Vida na Graça, – que é a verdadeira riqueza da alma. – É cultivar a capacidade de contemplar, a cada dia, em cada momento, a simplicidade de coração a exemplo de Nossa Senhora e de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso modelo maior, seu amor pelos pobres e mais humildes, e buscar imitá-lo. Toda a vida de Jesus foi voltada a fazer a Vontade do Pai, e a Vontade de Deus é Amor, que se traduz em humildade e desapego.

Aquele que possui, viva como se não possuísse, pois neste mundo nada nos pertence de fato: tudo nos foi dado por empréstimo. No devido tempo, teremos que prestar contas por tudo o que recebemos de nosso Pai Celestial. Manter isto em mente, todos os dias, em todos os momentos, no trabalho, na escola, no lar, em nossos momentos de lazer... É vencer o pecado da avareza. E se isso parecer difícil, prezado leitor, lembre-se de que a nossa frente está aquele que tudo pode em nossa fraqueza, e que nos anima: "Coragem! Eu venci o mundo!" (Jo 16,33).


obs.artigo escrito pelo site ofielcatolico.com.br
aquele que procura a verdade a encontrara
e um bom lugar para começar é neste site ofielcatolico.com.br

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O pecado do orgulho ou soberba

O pecado do orgulho ou soberba


“A soberba precede à ruína, e o orgulho, à queda.” (Pv 16, 18)
“Quando vem o orgulho, chega a desgraça; mas a sabedoria está com os humildes.” (Pv 11, 2)
“Deus resiste aos soberbos, mas concede Graça aos humildes.” (Tg 4, 6)

JÁ REFLETIMOS SOBRE o significado do pecado capital; vimos que são sete, e relembramos quais são e o que significam, superficialmente (veja aqui). A partir desta, estudaremos cada um dos sete pecados capitais separadamente, com um pouco mais de detalhes, e buscaremos conhecer também qual a melhor maneira de evitá-los ou vencê-los a cada dia.

O orgulho é um pecado capital universal dos seres humanos, também por ser natural para todos nós, que somos herdeiros do pecado, e que cresce em nossos corações como a erva daninha que insiste em crescer num jardim, por mais bem cuidado que seja.
Na imaginação popular, os gatos têm 7 ou 9 vidas. Mas o pecado do orgulho tem milhões de vidas! Parece impossível matá-lo, exterminá-lo, acabar de uma vez com ele. Mesmo quando tentamos muito vencê-lo, sermos humildes e cultivar a modéstia em nossas vidas, ele volta a brotar, às vezes até mesmo daquilo que deveria destruí-lo... A grande contradição é esta: muitos sentem orgulho ou se ensoberbecem pela própria simplicidade! Gloriam-se por não ter vaidade ou por viver de um jeito simples, mas acusam àqueles que possuem valores diferentes dos seus de serem orgulhosos. Gostar de se vestir bem, ao menos adequadamente, ter um bom automóvel ou ter certa atenção na decoração da casa, por exemplo, não são necessariamente sinais de orgulho, como alguns pensam.

O orgulho é um pecado inconsciente. Assim é que, muitas vezes, os mais orgulhosos são aqueles que pensam que não têm orgulho nenhum. gloriar-se da própria humildade é tomar um banho de orgulho... Este pecado é muito perigoso, pois chega sem ser notado.

Insistentemente, Nosso Senhor nos adverte nos Evangelhos: não devemos julgar ninguém; esta sim, é uma demonstração da verdadeira humildade. A simplicidade leva as pessoas a se respeitarem umas às outras, pois quem é realmente simples e humilde não julga seu próximo, não procura controlá-lo nem presta atenção demasiada aos detalhes que não dizem respeito à sua própria vida.
 

Segundo teólogos, o orgulho (soberba) foi o primeiro pecado cometido pelos seres humanos. Teve sua origem na antiga Serpente, representação do mal e da mentira, que o transmitiu à Eva, mãe da raça humana pecadora.
“Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.(...) Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. (...) Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.” (Mt 5, 5.11.18)

São tantas as passagens nas Escrituras e nos Evangelhos que enfatizam a importância e santidade da humildade e da simplicidade, que fica evidente a gravidade do pecado do orgulho. Mas também há abundantes indicações de como evitá-lo, como veremos a seguir.


Vencer o orgulho

A maneira de vencer o orgulho, evidentemente, é cultivar a humildade. Humildade é a qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre o outro. É saber que, para que um seja feliz, o outro não precisa sucumbir, ao contrário; – e viver segundo esta convicção. – A plenitude nunca será possível enquanto houver um irmão sofrendo, seja logo ao lado ou num país distante.

O vocábulo "humildade" vem do Latim “humus” que significa “solo; chão”. A humildade é a virtude que nos dá a consciência exata de nossa pequenez, fraqueza e modéstia diante de Deus Todo-Bom e Todo-Poderoso. Concede-nos um sentimento de reverência e imenso respeito, e isso necessariamente se estende ao mundo que nos cerca, à natureza e principalmente ao nosso próximo, pois também é obra do mesmo Deus.

Ser humilde é ser mais humano, pois é ser consciente da própria condição humana, por um lado privilegiada e especialíssima, por outro frágil e pequenina, se comparada à enormidade da Criação e o Infinito da Glória Divina.

Ser humilde é ser parecido com Jesus, que além de Deus e Salvador nosso, foi o maior Mestre que pisou a face da Terra. Mesmo assim, sua vida no mundo refletiu humildade infinita em cada atitude sua. O Rei dos reis viveu uma vida simplérrima, lavou os pés aos discípulos e se entregou à morte de cruz, o mais humilhante castigo daquele tempo (na sociedade romana, mesmo falar na cruz era proibido).

Você consegue imaginar o Rei da Glória, o Filho de Deus, submetendo-se aos soldados romanos, levando cusparadas, apanhando, recebendo chutes, socos e chicotadas, sem reclamar? Sendo escarnecido, blasfemado, coroado com espinhos... E suportando a tudo mudo como um cordeiro? Esta é a maior das maiores provas de humildade que já existiu, e só poderia ter partido de Jesus, o maior de todos os exemplos que temos para entender que o orgulho, além de pecado grave, é enorme estupidez. Lembre-se, porém: a prática da humildade, que vence o pecado capital do orgulho, se dá de si para si mesmo, na observância da própria insignificância e reconhecimento das próprias incapacidades e imperfeições. Não é você que deve julgar o orgulho ou a humildade do seu próximo, e sim somente Deus. Conscientizar-se disso já é um começo.



este artigo e continuação do anterior sobre os pecados capitais
estou republicado este artigo sobre os pecados capitais por que e acho eles de estremo 
valor para nossa vidas,muitos acham que na nossa santa igreja tudo é liberado estão errados pois temos nossa obrigações e deveres com a igreja e principalmente com nosso senhor Jesus Cristo nosso salvador
este artigo foi escrito pelo site ofielcatolico.com.br 
obs se quiserem descobrir nosso deveres e obrigações ou até sobre mentiras inventadas contra nossa santa igreja um bom lugar para começar e o site ofielcatolico.com.br
como eu disse para começar .pois é nossa obrigação procurar a verdade pois só a verdade nos salvará.


QUE A PAZ DE NOSSO SENHOR ESTEJA COM TODOS NOS