quinta-feira, 5 de maio de 2016

Adoração as cinco Santas Chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO.

 Adoração as cinco Santas Chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO.


(De Joelhos em frente ao Sacrário ou ao Crucifixo ou à Sagrada Face).

         Fazer cinco vezes o sinal da Santa Cruz em honra as cinco grandes Chagas de nosso Senhor.

         - Rezar o ato de contrição (“Confesso a Deus Todo poderoso que pequei...”)
         - Oração pedindo a fusão do ESPÍRITO SANTO (“Vinde Espírito Santo...”)
         - Creio, Pai Nosso, Ave-Maria e três glorias.

         Eu creio, ó Jesus, que estás verdadeira e realmente presente no Santíssimo Sacramento. Creio que vossas Mãos, Vossos pés e Vosso sagrado peito Conservam, debaixo dos véus Eucarísticos, como na glória do Céus, os sagrados Sinais das Chagas abertas pelos cravos e pela lança. Beijo um espírito, adoro com fé, considero com amor, reconhecimento e admiração esses Estigmas benditos, fixando neles o olhar de minha Alma para agradecer-vos a grandiosidade do Vosso Amor e da Vossa Misericórdia.
         Ó Senhor JESUS, deixai-me adentrar as Vossas cinco Chagas com MARIA Santíssima, Vossa Mãe, São João, Madalena, São Francisco de Assis, Santo Frei Pio de Pitrelcina e tantos outros santos de todos os séculos que muito terna e amorosamente as tem compriendido e amado.
         Purificai-me! Esclarecei-me! Inflamai-me de amor e piedade pelas Vossas Santas, Salvadoras e Redentoras Chagas!

(pequena pausa para meditação)

         O Salvador havia subido a encosta do monte Calvário, curvado sob o peso da Cruz. Exausto pelas dores, espancamentos e as três quedas na Via Dolorosa a túnica colada as incontáveis Chagas, abertas pelos açoites e os demais tormentos a que fora submetido, desde sua prisão, na noite anterior; a Cabeça perfurada pelos espinhos da coroa; a Face dilacerada por cortes, contusões, e os olhos invadidos por lagrimas e Sangue; eis o estado em que se encontrava o Cordeiro de Deus.
Era em torno de meio dia. Os algozes então, com violência e brutalidade, arrancam Sua veste e a coroa de espinhos. Vê-se imediatamente a correr o preciosíssimo Sangue do Senhor, como de mil fontes, ao mesmo tempo. Pedaços de sua Imaculada Carne são arrancados junto com a túnica e os espinhos da coroa.
Então, a Augusta e Santa Vítima fica exposta, em humilhante nudez, aos olhares curiosos, insultante e ferozes dos carrascos. A Cruz, o Atar da Santa Imolação, está estendida no chão, aguardando o Deus de Amor que iria abençoá-La com Seu Martírio. Os verdugos, ato contínuo, deitam violentamente sobre Ela o Altíssimo, o Salvador do gênero humano, e JESUS deixa-se levar com tanta entrega, tanta paz e doçura, como um tenro menino que sua mãe acomoda no berço...

         (Prostrados, em profundo recolhimento, transportemo-nos espiritualmente ao Calvário, para nesse exato momento, como se agora estivesse ocorrendo a cena descrita, Adorar a nosso amado e amoroso Senhor.)


Os algozes tomam a Mão direita de Jesus.

            Ajustam-Na ao braço direito da Cruz, abrem-Lhe a Palma, aplicam-Lhe um grosso cravo, longo e triangular, e a golpes de martelo, fazem-no penetrar primeiro nas carnes e depois na madeira da Cruz.
Ouvem-se as pancadas, uma após a outra, ora agudas, ora surdas, conforme acertam o cravo ou vão martirizar a santíssima Mãe de nosso Senhor. Aquela Mão divinal que só tinha feito o bem: abençoado, erguido, curado, afagado, apoiado, salvado...
Os músculos rasgam-se, os nervos rompem-se e as carnes dilaceram-se, o cravo atravessou e vai além, até alojar-se no duro e frio madeiro. Jesus continua no Seu heróico silêncio, entregue aos desígnios de Amor, Misericórdia e Salvação da humanidade, nem um só momento de impaciência, nem um só queixume. O Seu olhar compassivo, de bondade, passa pelos algozes e fixa-se no Céus, onde o Eterno Pai e os nove Coros de Anjos, em profundo silêncio, sofrem juntamente e respectivamente com seu Amado Filho e Rei; as horas finais da libertação dos homens e da reabertura do Reino dos Céus!

(Prostrados, em profundo recolhimento, transportemo-nos...)


É a Mão esquerda que Ele agora entrega.

         Mas esta não chega ao lugar do cravo. A violência com que fora cravada a Mão direita, puxara todo Corpo para esse lado. Passou-se então uma terrível cena: os algozes puxam com toda força o Braço esquerdo, mas, apesar disso, não conseguem estirá-lo o bastante, para chegar ao buraco do cravo. Apóiam então os joelhos sobre as Costelas de Jesus com tal violência, que apesar de não as partirem, fazem-Nas estalar; conseguem assim, através de mais esse inimaginável sofrimento do Salvador, alcançar o ponto desejado.
Começam então, outra vez, a cair os horríveis golpes do martelo, com seu tenebroso eco, apenas interrompido pelas blasfêmias dos carrascos e as gargalhadas infernais dos fariseus e sumos sacerdotes.  Tentemos imaginar o que tudo isso não causava de tremendo sofrimento ao Imaculado Coração de Maria, a Madalena, João e as santas mulheres que a tudo acompanhavam, assistindo a Celestial Vítima ser imolada com tanta crueldade.

(Prostrados, em profundo recolhimento, transportemo-nos...)


Os Pés de Jesus também são puxados com brutalidade.

         Todo o Corpo se havia contraído pela bárbara tensão nos Braços, nos Braços, Seus Joelhos estavam por isso mesmo contraídos.
         Os verdugos ligaram-No com cordas, e enquanto uns estavam com os joelhos sobre o Peito do Senhor, para impedir algum tipo de reação, e também para que as santas Mãos não se rasgassem totalmente e se desprendessem dos braços da Cruz, outros puxavam-No violentamente até chegarem ao furo aberto no pé da Cruz. Foi uma deslocação espantosa, todos os Ossos de Jesus estalaram juntamente, deixando ver as protuberâncias e as juntas através da Pele. Realizou-se então a dolorosa profecia:
         “Transpassaram as Minhas Mãos e Meus pés; contaram todos os Meus Ossos”. Quem poderá imaginar as terríveis dores que sentiu nosso Salvador?
         Levados enfim os dois Pés ao ponto desejado, foram cruzados e pregados um sobre o outro. Através da massa sólida dos músculos palpitantes, enterrou-se lentamente o cravo, fazendo o redentor sofrer uma agonia inexplicável, por falta dum ponto onde apoiar os Pés, em tal posição, depois de enterrados os cravos, viraram a Cruz para os dobrar as pontas: Jesus foi lançado de peito sobre o solo.
O peso da Cruz redobrado pelos golpes do martelo, que caíam sobre a ponta dos cravos, martirizava-o, esfolando-o violentamente contra o chão pedregoso. Seu Peito oprimido sentia dificuldades em respirar, suas mãos e pés dilacerados eram amontoados de carnes despedaçadas disformes e palpitantes, donde corriam jarros de Sangue.

         Nessa altura os carrascos erguem a Cruz e colocam-Na no furo aberto na rocha. Cada tranco na descida rasga ainda mais as Mãos e os pés da Augusta Vítima. Mas, de repente, ela resvala até o fundo da cavidade onde bruscamente para. Todos os ossos de Jesus se entrechocam, as Chagas alargam-se mais e o Preciosíssimo Sangue corre abundantemente.

         Estas quatro grandes Chagas abertas nas Mãos e nos Pés do Salvador ficaram expostas ao sol ardente, sem que ninguém as tratasse, pois os soldados impediam, com vidência, qualquer tentativa de aproximação de nosso Mãe Dolorosa, Madalena e João.
Durante as três longas horas em que esteve Crucificado, nosso Senhor sentia constantemente a renovação das terríveis dores dos primeiros instantes em que fora pregado, pois pelo peso de Seu santo Corpo e a posição em que se encontrava, as Chagas continuaram a abrir-se... Oh! Quanta dor Meu Amoroso Jesus!
(Prostrados, em profundo recolhimento, transportemo-nos...)


O Salvador, Nosso Senhor JESUS CRISTO, exalou seu último suspiro.

Um soldado aproxima-se da Cruz e com uma lançada atravessa-Lhe o santo Peito e o sacratíssimo Coração, de lado a lado. Então juntamente com o brutal e frio ferro acompanha-lhe na saída uma dupla corrente, ainda quente, dos Preciosíssimos Sangue e Água que cai, ao mesmo tempo, sobre o algoz lanceiro e o ladrão arrependido, como um salutar batismo. Esta foi a última Chaga que Jesus recebeu, ou seja, doou-nos absolutamente tudo, até a maior Fonte de Amor que a humanidade conheceu, o Divino Coração do próprio Deus!
Nesse momento o Redentor não chegou a sentir dor física, pois Sua alma já havia deixado o santo Corpo, mas antecipadamente tinha aceito mais esse terrível ignomínia da parte dos homens, portanto tornando-se infinitamente meritória.
Após ser retirado do altar da santa imolação, a Cruz, foi a Dulcíssima Vítima colocada nos santos, ternos e amorosos Braços da Mãe das Dores, que a tudo também sofreu, espiritualmente, em Seu Imaculado Corpo e coração. Nesse sublime, doloroso e misterioso momento o Redentor da humanidade coroava, também pelo sofrimento, a aceitação e a entrega silenciosa aos desígnios da Santíssima Trindade, sua Santíssima e Puríssima Mãe comoCo-Redentora do gênero humano. Coroação que mais tarde, já na Glória Celeste, o Rei dos reis concluiria coroando, definitivamente e para eternidade, Sua amada e Amorosa Mãe como Rainha do Céu e da terra.

(Prostrados, em profundo recolhimento, transportemo-nos...)

Jesus! Jesus! Eu adoro todas as Vossas santas Chagas, pois foram frutos do Vosso Amor por todos e cada um de nós; de modo especial adora as Vossas cinco grandes Chagas no Calvário, na hora em que Vós as recebestes; adoro-as no Céus, gloriosas e triunfantes e adoro-as no Santíssimo Sacramento, Senhor da minha salvação.
         Na Santa Hóstia, debaixo do sagrado Véu, o Salvador conserva nas Mãos, nos Pés e no Peito as Chagas da Sua Dolorosissima Paixão. Elas continuam abertas, liberando o bálsamo do Preciosíssimo Sangue do sofrido e amoroso Jesus. São retiros, refúgios sagrados e doces! Entrai neles pela Santa Comunhão! Adentrai mais fundo, do que penetraram os cravos e a lança do centurião, mais profundamente do que o toque de Tomé Apostolo e deixai correr sobre vós o Sacratíssimo Néctar dessas Fontes Puríssimas. Enfim, aí purificai-nos, repousai e apreciai o quanto nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é ternura e doçura.

(prostrados, em profundo recolhimento, adoremos ao Deus de Amor)

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