segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Nossa Senhora de Kibeho

Nossa Senhora de Kibeho – Ruanda/Africa

Em Kibeho Nossa Senhora se manifestou a cinco jovens e a uma freira de uma escola, de 1981 a 1983. Durante as aparições, Nossa Senhora, além de falar dos problemas diários, ensina as videntes à maneira de rezar bem o rosário. E, em 19 de agosto de 1982, Nossa Senhora apareceu com o semblante muito triste e chorava. Ela mostrou aos videntes imagens terríveis, viram um rio de sangue que corria pelas ruas de Kigali, massacres, cadáveres abandonados, cabeças decapitadas, bosques ardendo. E isto lhes foi mostrado de 11 a 1 anos antes que os fatos acontecessem na guerra civil. Nossa Senhora quis chamar a atenção do mundo através das videntes, sobre aquilo que aconteceria se não se convertesse. Exortou a todos para que se rezasse e se fizessem sacrifícios pela humanidade.

Uma vidente perguntou à Virgem por que aparecia em Ruanda. Ela respondeu: “Eu vim entre vós porque se trata de um país pobre onde ainda se encontram homens humildes que amam”. Porém, quando visito alguém para lhe falar, entendo dirigir-me ao mundo inteiro.

Em 28/11/83, Nossa Senhora aparece pela ultima vez a Alphonsine Mumureke. Na ocasião se encontravam presentes mais de 10 mil pessoas. Ela falava e a vidente repetia muitas das suas palavras ao povo através do alto falante. Disse: Filha minha, se eu vim somente a Kibeho não é porque tenha esquecido a África e o mundo. Vós, que vieste de tão longe, transmiti esta mensagem. Maria não abandonará aqueles que vieram aqui. O filho de Maria não se separará da cruz, a conservará no seu coração, como eu conservei no meu o sofrimento. Rezai, rezai, rezai! Não vos preocupeis com aqueles que dizem que perdeis o vosso tempo, que sois preguiçosos! Vós que rezais, tereis a vossa recompensa. Sereis felizes! “Segui o Evangelho do Meu Filho, entristecido por aqueles que o desprezam”.
Aos DOENTES, diz: “Não devem esquecer que a cura da alma é a mais importante. Jesus sofreu muito na cruz. É necessário sofrer… Nada é mais belo do que um coração puro que oferece os seus sofrimentos a Deus. Oferecei-os, ofereci o vosso coração… Que o corpo não vos faça esquecer a vida espiritual.”.
Às FAMILIAS, diz: “Nos momentos difíceis olhai para a família de Nazaré, que viveu em grande pobreza. Deus é mais poderoso que todo o mal do mundo. Não o esqueçais. A vossa vida é importantíssima, vivei-a no meio das dificuldades do mundo atual, fiéis aos vossos compromissos.”
Aos SACERDOTES, diz: “Sacerdotes, oferecei a vós mesmos, vós que ofereceis o Sacrifício de Jesus. Eu vos amo. Eu vos amo muito. Não esqueçais nunca, o amor que tenho por vós me fez vir entre vós.”
Aos JOVENS, diz: “Levai a vida a sério. Vós sois o futuro. Não estragueis o vosso futuro. Vós jovens, que rezai, um dia tereis a recompensa. Rezai, rezai, rezai e segui o Evangelho do Meu Filho, entristecido com aqueles que escarnecem dele.”
Aos DIRIGENTES, diz: “Respeitai os direitos do homem: quem age contra tais direitos não chegará a lugar nenhum”. Isto se voltará contra ele.
Os frutos das aparições de Kibeho são numerosíssimos: conversões, vocações sacerdotais numerosas, o povo recomeçou a rezar e a participar da eucaristia.
Em 28 de novembro de 1988, René Laurentin foi kibeho, quando Nossa Senhora apareceu pela penúltima vez à vidente Alfonsine. Ele diz: “Lá me encontrei com o jovem pagão que Jesus mesmo veio a instruir com as aparições na mata: depois o encarregou de pregar, o que ele o faz com uma maestria e com um sucesso assombrosos também em línguas difíceis, deixando os especialistas maravilhados. Diante do prodígio da natureza e da graça, tive a sensação de encontrar um novo apostolo africano.” Atualmente, a convite dos bispos, percorre Ruanda, Burundi e Zaire, para transmitir as mensagens que Jesus lhe deu. E o que ele diz? Em toda parte afirma que as mensagens não dizem coisas novas. Elas fazem referencia ao evangelho. Com muita simplicidade e humildade o vidente diz às multidões que o que o ouvem: “Purificai vosso coração porque o tempo se avizinha, pois nos encontraremos nos últimos tempos. Convertei-vos dos pecados. Quem se recusa a fazê-lo agora, depois será muito tarde e não poderá mais fazê-lo, pois cada um permanecera como se encontrar no momento da morte, com seus pecados ou com suas boas obras. Devemos nos preparar para o retorno de Cristo. Saibam os homens que aquele que já veio sobre a Terra está para retornar… Apressai-vos a fazer o bem.”
Diante dos frutos provocados pelas aparições, o bispo de Butare, João Batista Gahamanyi, numa carta pastoral, diz: “Dar a sua aprovação ao culto publico nos lugares onde os fatos, as ditas aparições, se manifestaram em Kibeho.”
Em sua carta, o bispo afirma que a motivação nasce do seu ministério pastoral. Diz; “Não gostaria de interromper o despertar espiritual nascido dos acontecimentos de Kibeho e orientar a piedade que se manifesta há sete anos. A etapa sucessiva poderia ser o reconhecimento do caráter sobrenatural destes fatos.”
No dia 15/09/1996, em Kibeho, o bispo dizia: “Os grandes males que se abateram nestes últimos tempos sobre Ruanda (guerra civil), com milhares de mortos, parecem ter sido preditos durante as aparições, bem como os dramas que golpearam a Igreja nos últimos anos. Fomos advertidos. Não quisemos escutar. Foi-nos pedido para fazer penitencia e nos converter sinceramente, quando ainda era tempo. Não fomos suficientemente receptivos para acolher as mensagens desta natureza… Uma das mensagens convidava a rezar o rosário da Virgem Maria e todos fomos exortados a fazer penitencia, a aceitar as provações em expiação pelos pecados do mundo e a condividir a Paixão de Jesus pela redenção dos homens.” O bispo recordou as aparições nas quais os videntes aterrorizados assistiram ao escorrer de um rio de sangue pelas estradas de Kigali e por toda a Ruanda e falou dos extermínios de abril a maio de 1994 em Kibeho, e, um ano depois, as tantas vitimas colocadas à forças nos campos de refugiados. O bispo propôs que Kibeho se torne para todos um lugar sagrado que recorde sempre o sentido da cruz de Jesus e o valor do sofrimento na existência humana sobre a Terra.
Com relação às objeções dos que dizem que as aparições não são necessárias porque temos a Bíblia, os profetas, o Evangelho de Jesus e isto é, suficiente, o padre Maindron responde, dizendo: “A isto se poderia dizer que a Igreja não sabe o que fazer com os santos, os místicos, os profetas, que vem apenas perturbá-la. A mensagem de Kibeho nos interpela a todos, nos perturba. Os videntes repetiram varias vezes que Jesus e Maria não vieram por nada. Temos interesse em escutá-los, fazê-los conhecer e por em pratica as mensagens. É para o nosso bem. Se Nossa Senhora veio a esta terra é para acordar-nos, para recordar-nos as verdades que facilmente esquecemos, para nos fazer ver que ela está triste por causa do que dizemos e do que fazemos. Ela sofre por aquilo que não fazemos e que deveríamos fazer, por isso vem para nos exortar.”
Alias, Paulo VI, numa alocação em 25/04/1970, dizia: “ O que aconteceu para Nossa Senhora, que nosso coração esteja tão fechado para Ela?”
Dizem que atualmente Nossa Senhora estaria aparecendo em 600 lugares diferentes no mundo. É claro que nem todas estas aparições são verdadeiras, mas que Nossa Senhora vem chamar a atenção para que nos convertamos e consagremos nossa vida a Jesus Cristo e a Ela, como verdadeiros cristãos, é uma verdade. Não devemos estranhar se Ela aparece em tantos lugares. Devemos estranhar que os homens, apesar de tudo, não se interessam em se converter. Eles não ligam para as exortações da Mãe. Eles colocam em jogo sua salvação eterna.
E o padre René Laurentin, falando das inúmeras aparições de Nossa Senhora, dizia: “Será que é necessário afligir-se por causa desta democratização das aparições e desta familiaridade com o céu”? A Virgem, nossa Mãe, não tem talvez o direito de falar aos corações dos filhos? A ‘banalização’ deste multiplicar-se de aparições não nos recorda que o amor de Maria está presente em todos, como amor de mãe para cada um de seus filhos? Por ser ordinário e cotidiano o amor de uma mãe, talvez, se tornou banal?
E para os que dizem que Nossa Senhora fala demais em suas aparições, respondemos: Qual a mãe que não se preocupa com seus filhos que estão em perigo? Com qual filho uma mãe se preocupa e fala mais? Não é com aquele que está andando por caminhos perigosos, à beira do precipício? Com aquele que põe em jogo a sua vida? E Ela não fala uma vez. Fala quantas vezes julga necessário para salvá-lo. É o que Ela faz, nestes últimos tempos, diante de filhos sempre mais rebeldes, que andam sempre mais longe de Jesus Cristo, e a caminham para a perdição. Ela aparece em muitos lugares e pede, insiste de muitas maneiras, que nos convertamos. Voltemos para Deus. Por que, então criticar uma Mãe que deseja salvar seus filhos? Por que não acatar suas admoestações, suas mensagens? Por que não escutá-la? Por que não ajuda-la, na missão de salvar nossos semelhantes? Cada um, a exemplo de Santa Teresinha do Menino Jesus, poderá fazê-lo através do sacrifício e da oração, principalmente do santo rosário.

Fonte: Ernesto N. Roman (ISBN 85-349-1701-9)

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