Nossa Senhora da Vitória
Publicado por regischristino
Nossa Senhora da Vitória é um ícone católico venerado em Portugal, em particular na Freguesia de Famalicão, conselho da Nazaré, Portugal.
Na paróquia de Famalicão, um dos antigos cultos populares é a Nossa Senhora do Livramento, a qual se encontrava num pequeno nicho junto à estrada, na localidade de Quinta Nova. Esta imagem foi venerada por muitos, que por ela passavam em direção à Nazaré. Mais tarde, teve de ser recolhida para a casa da proprietária do terreno, devido a assaltos e vandalismos.
Do culto à Senhora da Vitória em Famalicão no concelho da Nazaré, sabe-se que foi trazido pelas gentes da Praia das Paredes da Vitória, que no início do século XVI se vieram fixar, trazendo com eles o culto de Nossa Senhora da Vitória.
Origem
Relembra que a Virgem Maria, vitoriosa, pode levar os cristãos à vitória em suas vidas. Em Portugal, foi introduzida a devoção por Dom João I, para comemorar a vitória na Batalha de Aljubarrota.
A primitiva Imagem da Senhora da Vitória não chegou até aos nossos dias, mas podemos ver a bandeira com a respectiva imagem, a qual facilmente se constata que tem pouco a ver com a imagem que hoje se venera, e que é datada do século XVIII.
Escultura em madeira policromada de regular qualidade, com olhos de vidro, representando a Virgem Maria com o Menino ao colo, assente numa nuvem com várias cabecinhas de anjo, sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória, evocando a vitória da vida sobre a morte, entre o bem e o mal. Sobre o ombro esquerdo pende um manto azul bordado a efeitos vegetativos dourados, que cai em ligeiras pregas até aos pés. No seu braço esquerdo, segura o Menino, de largos caracóis louros. A Imagem foi ao longo dos tempos se degradando, tendo sido feitos alguns trabalhos de restauro, os quais lhe foram retirando a pintura inicial. Foi restaurada profundamente em 20 de Maio de 2005, aquando da comemoração dos 100 anos da sua Coroação, tendo sido feito um trabalho de limpeza até à própria madeira, sendo posteriormente pintada com as cores originais.
Da herança que nos chega até hoje, só se pode ver a inúmera quantidade de ouro e mantos, entre outros objetos, que ao longo dos anos, o povo da Paróquia ofereceu à sua Padroeira.
A festa de Nossa Senhora da Vitória tem lugar no segundo Domingo de Agosto, trazendo consigo inúmeros romeiros.
No Brasil, Nossa Senhora da Vitória é a padroeira oficial do Clube de Regatas Vasco da Gama, que possui fortes conexões com a cultura portuguesa.
Ainda no Brasil existe a Igreja de Nossa senhora da Vitória de Oeiras no Piauí, tendo sido elevada a categoria de freguesia em 1696 e mais tarde construída pela iniciativa popular, o templo atual concluído em 1733. Nossa senhora da Vitória é ainda a padroeira do estado do Piauí e das cidades de Málaga na Espanha, São Luís do Maranhão e Vitória do Espirito Santo onde existe a Catedral Metropolitana na cidade. É também padroeira da Arquidiocese de Vitória da Conquista na Bahia.
A festa de Nossa Senhora da Vitória foi instituída em 08 de fevereiro de 1943 – A festa litúrgica é 15 de agosto.
Não se deve confundir Nossa Senhora da Vitória com Nossa Senhora das Vitórias, pois esta última trata-se de outra devoção originária na França que por ordem do rei Luís XII lançou em Paris por volta de 1627 a pedra fundamental de uma igreja que se chamou Nossa Senhora das Vitórias.
Oração à Nossa Senhora da Vitória
Ò minha mãe amorosíssima Senhora das Vitórias, eis me aqui aos vossos pés para implorar o vosso patrocínio.Não ignoreis a graça que com tanta confiança vos imploro.
Atendei as minhas súplicas, se qualquer mãe aqui na terra acode solícita ao filho não o fareis também Vós Ò Maria?
Deixareis que triste e desatendido de vós se aparte o vosso Filho?
Nem me objeteis, ò Senhora minha que com as lágrimas que eu derramaria, melhormente eu seria recompensado na vida futura .
Tão Poderosa como sois, pela graça bem podeis dispensar as angústias momentâneas do vosso filho.
Relevai as pois, sem prejuízo de minha salvação excitando ao mesmo tempo em meu coração os sentimentos da mais piedosa gratidão e as chamas da mais ardente caridade para que assim possa atingir a mais alta perfeição.
Concedei-me, portanto, Ó mãe amorosíssima a graça que vos Suplico.
Assim Seja!!!
Atendei as minhas súplicas, se qualquer mãe aqui na terra acode solícita ao filho não o fareis também Vós Ò Maria?
Deixareis que triste e desatendido de vós se aparte o vosso Filho?
Nem me objeteis, ò Senhora minha que com as lágrimas que eu derramaria, melhormente eu seria recompensado na vida futura .
Tão Poderosa como sois, pela graça bem podeis dispensar as angústias momentâneas do vosso filho.
Relevai as pois, sem prejuízo de minha salvação excitando ao mesmo tempo em meu coração os sentimentos da mais piedosa gratidão e as chamas da mais ardente caridade para que assim possa atingir a mais alta perfeição.
Concedei-me, portanto, Ó mãe amorosíssima a graça que vos Suplico.
Assim Seja!!!
A Igreja de Nossa Senhora da Vitória de Ilhéus
A igreja da Vitória é um local histórico que remonta ao século XVI. Entretanto, por ter sofrido pelo menos dois incêndios e muitas reformas, seu projeto arquitetônico foi inteiramente modificado, não apresentando nada do original. Segundo os historiadores e segundo os conceitos mais modernos de patrimônio cultural, pode-se afirmar que esta igreja representa um patrimônio cultural de singular valor, pois traz toda uma lenda que envolve a fé cristã dos colonos portugueses à época das invasões francesa e holandesa no Brasil e uma tradição de fé que perdura até nossos dias.
Segundo Borges de Barros (1981), essa igreja está entre os templos mais antigos da Vila de São Jorge, que àquela época se chamava Nossa Senhora da Neves e depois teve o nome trocado para Nossa Senhora da Vitória ou das Vitórias.
Os colonos portugueses que habitavam a vila de São Jorge entraram em luta com os aimorés e, vencer a luta, parecia algo impossível. A vitória obtida foi atribuída à ajuda de uma mulher muito branca, que foi vista por muitas pessoas, inclusive por alguns indígenas, lutando ao lado dos colonos.
No final do século XVI, houve novamente a intervenção da santa, quando os colonos conseguiram expulsar os franceses que invadiram a vila. Borges de Barros afirma que os habitantes da cidade tinham menor número que os franceses, mas eram chefiados pelo mais valente, que havia se mostrado muito disposto nos assaltos passados, um mameluco chamado Antonio Fernandes, que tinha por alcunha, o Catuçadas, pela forma como abatia o inimigo. Que com um pequeno exército de vinte homens abateu cinqüenta e sete franceses.
O dia 15 de agosto é comemorado pela tradição católica como o dia da Assunção da mãe de Jesus. Nesse dia, é comemorado na cidade de Ilhéus, o dia de Nossa Senhora da Vitória, uma das padroeiras da cidade.
O frei Agostinho de Santa Maria fornece informações sobre as imagens da Virgem existentes na vila. Diz ele que, como a imagem primitiva que existia na vila estivesse muito estragada, um devoto mandou fazer outra em Lisboa, no ano de 1680. Esta imagem teria chegado estragada em Ilhéus, porque a embalagem não havia sido bem feita. Nessa mesma época, um outro devoto, Manoel Filgueiras, rico negociante em Salvador, mandou construir uma nau em Ilhéus. Ao sair da perigosa barra, a embarcação quase naufragou e ele pediu ajuda a Nossa Senhora. Em agradecimento enviou a imagem danificada para Lisboa, para ser consertada, e ela voltou perfeita.
O frei Agostinho de Santa Maria fornece informações sobre as imagens da Virgem existentes na vila. Diz ele que, como a imagem primitiva que existia na vila estivesse muito estragada, um devoto mandou fazer outra em Lisboa, no ano de 1680. Esta imagem teria chegado estragada em Ilhéus, porque a embalagem não havia sido bem feita. Nessa mesma época, um outro devoto, Manoel Filgueiras, rico negociante em Salvador, mandou construir uma nau em Ilhéus. Ao sair da perigosa barra, a embarcação quase naufragou e ele pediu ajuda a Nossa Senhora. Em agradecimento enviou a imagem danificada para Lisboa, para ser consertada, e ela voltou perfeita.
No ano de 1887, um incêndio destruiu a igreja com suas imagens, inclusive aquela trazida de Lisboa no século XVII. A imagem que existe atualmente na igreja foi entalhada em Salvador e data do século XIX. A igreja passou um tempo abandonada e foi ficando em ruína, quando o coronel Domingos Fernandes da Silva custeou sua recuperação e a obra foi concluída em 1905, tendo sido seu estilo completamente modificado. Em 1913 foi realizada uma nova intervenção, patrocinada pelo mesmo coronel Fernandes
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