Nossa Senhora da Purificação
Publicado por regischristino
A apresentação de Jesus no Templo, celebrada no dia 2 de fevereiro, celebra um episódio da infância de Jesus. Na Igreja Ortodoxa e em algumas Igrejas Católicas Orientais, ela é uma das doze Grandes Festas, e é por vezes chamada de Hypapante (literalmente “Encontro”, em grego), Outros nomes tradicionais são Candelária, Purificação da Virgem e Encontro do Senhor. Na Igreja Católica Romana, a festa é uma das maiores, realizada entre a Festa da Conversão de São Paulo, no dia 25 de janeiro, e a Festa do Trono de São Pedro, em 22 de fevereiro.
No rito latino da Igreja Católica, a Apresentação de Jesus no Templo é o quarto Mistério Gozoso do Santo Rosário. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta festa tem sido referida como a festa da Apresentação do Senhor.
A festa da Apresentação é uma das mais antigas festas da Igreja.
A mais antiga referência sobre os rituais litúrgicos específicos sobre a festa foram descritos pela freira Egeria durante a sua peregrinação à Terra Santa entre 381 e 384. Ela reportou que 14 de fevereiro era um dia solene em Jerusalém, com uma procissão até a Basílica da Ressurreição de Constantino I, com uma homilia sobre Lucas 2:22 e uma Liturgia Divina. A chamada Itinerarium Peregrinatio (“Itinerário da Peregrinação”) de Egeria não oferece, porém, nenhum nome específico para a festa. A data de 14 de fevereiro indica que em Jerusalém, na época, celebrava-se o nascimento de Jesus em 6 de janeiro, dia da Epifania. Nas palavras dela:
Originalmente, a festa era uma celebração menor. Mas então, em 541, uma terrível praga irrompeu em Constantinopla matando milhares. O imperador bizantino Justiniano I, em consulta com o patriarca de Constantinopla, ordenou um período de jejum e oração por todo o Império Bizantino. E, na festa do “Encontro do Senhor”, organizou grandes procissões por todas as cidades e vilas, além de um serviço solene de orações (Litia) para pedir a libertação de todos os males e o fim da praga. Em agradecimento, em 542, a festa foi elevada para uma celebração mais solene e passou a ser celebrada por todo o império pelo imperador.
Em Roma, a festa aparece no “Sacramentário Gelasiano”, uma coleção de manuscritos dos séculos VII e VIII associados com o papa Gelásio I, mas com muitas interpolações e algumas fraudes. É ali que aparece pela primeira vez o novo título da festa, “Purificação da Abençoada Virgem Maria”.
Nossa Senhora da Purificação
Há várias denominações para a Virgem da Purificação, entre elas destacam-se: Nossa Senhora da Candelária, das Candeias, da Luz e da Apresentação.
Maria, executou sua parte no Plano da Salvação, seguindo todos os ensinamentos para que tudo se cumprisse conforme a vontade do Criador, de acordo com as Sagradas Escrituras.
As mulheres dessa época eram consideradas impuras após o parto. Eram afastadas durante alguns dias do convívio social e das atividades religiosas no Templo. Passado o resguardo a mãe e a criança deveriam ir ao Templo. Ela para ser “purificada” conforme a Lei, a criança para ser apresentada ao Senhor.
No tempo determinado, a Sagrada Família foi ao Templo para a apresentação do Menino Jesus, à Deus-Pai. Maria na sua infinita humildade submeteu-se à cerimônia da purificação. Por este motivo, para demonstrar o grande respeito e carinho à Santíssima Virgem, os primeiros cristãos passaram a comemorar o dia da Purificação de Maria, em 02 de fevereiro.
O Papa Gelásio, que governou a Igreja entre 492 e 496, acabou instituindo para toda a cristandade esta procissão noturna dedicada à Mãe Santíssima. O trajeto, que representa o primeiro caminho percorrido pela Sagrada Família, deve ser todo iluminado por candeias, ou candelárias, e os fiéis carregam nas mãos velas acesas, entoando hinos em louvor à Maria. Dessa antiga tradição, veio o título de Nossa Senhora das Candeias, ou da Candelária.
A festa de Nossa Senhora da Purificação é uma das mais antigas do catolicismo. Mas esse dia de luz tem um enfoque todo especial para o corpo da Igreja. É que em geral, religiosos e religiosas o escolhem para pronunciar seus votos solenes de castidade, pobreza e obediência, para consagrar e colocar suas vidas à serviço do Senhor.
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