Maria, Porta do Céu
A história da devoção à Nossa Senhora Porta do Céu, na Comunidade Shalom
É evidente, por esses textos, que a Rainha da Paz e a Esposa do Espírito se entrelaçam em nossa missão de anúncio da Paz. A mesma coisa ocorre com a Porta do Céu. Introduzida em nossa vocação através do ícone da Portaïtissa no final de 1994, pelas mãos do Pe. Daniel Ange, os acontecimentos viriam a nos ensinar que para ser discípulo e ministro da paz, o Senhor pede de nós não somente a oração profunda e a vida no Espírito, não somente a entrega total a Ele na intimidade profunda de almas esposas, não somente a consciência de que a Paz é antes de tudo dom e fruto do Espírito a ser levado ao mundo através da conversão, da oração e da mortificação, mas também, quando necessário, através do martírio.
O ícone da Porta do Céu e o óleo colhido do ícone original em Toulouse foram confiados ao nosso irmão Ronaldo Pereira pelo Pe. Daniel Ange. Ronaldo passou a administrar o ícone que ficou na casa comunitária onde morava, a Casa Mãe. Este irmão passou a dedicar devoção extraordinariamente intensa ao ícone e à Imaculada através da consagração aos moldes de São Luis Grignon de Montfort. Esta devoção misteriosa passou a ser positivamente notada pelos que moravam em sua casa comunitária e a influenciar a todos com relação à devoção mariana. Tendo recebido o ícone por volta de novembro de 94, Ronaldo veio a falecer em acidente de carro em 17 de fevereiro de 1995. Através da páscoa do Ronaldo Pereira, ocorrida no retorno de uma viagem missionária, a Porta do Céu nos introduziu no mistério profundo da missionariedade e do martírio do Filho e, Nele de todos os santos mártires, que deram sua vida para que o Shalom do Pai fosse implantado nos corações.
Maria, nossa Mãe, é o modelo que queremos seguir, não por imitação presunçosa, mas por imitação de amor. Ao imitá-la como Esposa do Espírito, Rainha da Paz e Porta do Céu, estamos dando a Ela e ao seu Filho bela prova de amor. Tornamo-nos discípulos Dela e de Cristo, uma vez que Ela é sua Perfeita Discípula. Imitar Maria em seu amor e serviço ao Filho e à Igreja é a melhor forma de provar-lhe que a amamos e veneramos tanto que queremos ser como ela em relação a Jesus e a todos os homens. Que nossa vida seja sempre “sim” a Jesus e aos homens, como foi sempre “sim” a vida desta que nós amamos como Mãe.
Maria Emmir Oquendo Nogueira, cofundadora da Comunidade Católica Shalom
FONTE: Revista Shalom Maná
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